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Polícia Brasil
Sábado - 12 de Agosto de 2006 às 07:51

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Dez assassinatos em dez dias, ou seja, um assassinato por dia. Foi esta a média registrada na Grande Cuiabá nos dez primeiros dias de agosto. Quatro adolescentes foram executados a tiros, dois deles no bairro Pedra 90. Outros dois jovens, um de 18 anos e outro de 24 anos, foram executados em outros bairros da capital. Somente ontem mais dois garotos foram mortos a tiros. Na Capital, ocorreram oito desses assassinatos enquanto que os outros dois foram registrados em Várzea Grande.

Na lista de assassinatos consta um latrocínio (roubo seguido de morte) no qual dois jovens assassinaram um engenheiro-sanitarista para roubar-lhe o veículo – um desses criminosos está preso. No bairro Pedra 90, além da execução de dois adolescentes, a polícia registrou um crime passional: Marinalva Augusta Conceição, de 31 anos, foi morta a facadas pelo marido José Felisberto Dias, de 62 anos, preso em flagrante.

Para a chefe de operações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), policial civil Aparecida Behmer, a polícia não dispõe de uma explicação plausível para o aumento do número de assassinatos. “O que sabemos é que há um grande número de homicídios motivados por acerto de contas ou vingança. Algumas vítimas haviam saído recentemente da Cadeia”, acrescentou ela.

Aparecida Behmer referia-se ao assassinato do jovem Rodrigo Azevedo da Cruz, de 18 anos, assassinado a tiros na avenida Carmindo de Campos. Ele era recém egresso do Complexo do Pomeri onde cumpriu atividades sócio-educativas. Ele havia cometido o delito quando ainda era menor.

Situação semelhante ocorreu com Thiago da Mata Amorim, executado a tiros na quarta-feira à noite no bairro Pedra 90. Ele estava preso no Pomeri sob acusação de furto. Thiago teria sido executado num acerto de contas. Acabou sendo assassinado após ter discutido com vários rapazes horas antes.

Outro que havia saído recentemente da prisão e que integra a lista dos mortos em agosto, é Michel Müller Vasconcelos. Ele foi assassinado a tiros nas proximidades do córrego Mané Pinto, na avenida 8 de Abril, onde foi encontrado morto, tendo em uma das mãos a frente de um CD player.

Desde o início, o mês de agosto registrou crimes considerados atípicos pela Polícia, como por exemplo a execução do cabo PM Ademilton José Schína, de 37 anos, morto com um tiro disparado por um colega de farda. O crime ocorreu após uma discussão entre os dois, por motivos fúteis, no interior do Batalhão de Operações Especiais (Rotam).

Os assassinatos dos adolescentes aparecem como os mais complicados na ordem de investigações. Policiais da DHPP acreditam que sejam acertos de contas. No caso da execução de Mauro Fernandes Canavarros Jr., um homem armado chegou atirando no meio da festa. Acertou vários tiros apenas na vítima. O crime ocorreu nas proximidades da ponte Mário Andreazza, no bairro da Guarita, em Várzea Grande.





Fonte: Diário de Cuiabá

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