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Internacional
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 19:48

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O Paquistão anunciou na sexta-feira a prisão de um homem descrito como um agente da Al Qaeda com importante participação no complô que, segundo a polícia britânica, pretendia explodir vários aviões sobre o Atlântico.

"É um cidadão britânico de origem paquistanesa. É um agente da Al Qaeda com ligações no Afeganistão", disse o ministro paquistanês do Interior, Aftab Ahmed Khan Sherpao, à Reuters.

O homem foi identificado como Rashid Rauf, e sua captura teria levado a uma onda de prisões na Grã-Bretanha, o que teria impedido a suposta trama para derrubar até dez aviões no percurso para os EUA.

Antes, uma fonte do governo disse que sete suspeitos, dois deles britânicos de ascendência paquistanesa, foram detidos no Paquistão como parte de uma operação coordenada para evitar os atentados. O nome do outro britânico não foi divulgado. As prisões teriam ocorrido na semana passada.

A polícia ainda está identificando os outros cinco presos, mas eles parecem ser menos importantes, disse essa fonte, sob anonimato.

As autoridades britânicas mencionaram um homem chamado Tayib Rauf como um dos 24 suspeitos detidos nesta semana na Grã-Bretanha. Não se sabe se ele é parente de Rashid Rauf.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, telefonou para o presidente Pervez Musharraf, importante aliado do Ocidente na região, para agradecer pela ajuda paquistanesa no caso, segundo a chancelaria em Islamabad.

As autoridades norte-americanas acreditam que nos próximos dias os militantes tentariam entrar em aviões com explosivos líquidos, para preparar bombas a bordo e provocar um número de mortos similar ao dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA.

O plano, segundo as autoridades, também remete à frustrada "Operação Bojinka", que pretendia explodir aviões sobre o Pacífico em 1995.

Em ambos os planos, uma figura importante foi Khalid Sheikh Mohammad, suposto chefe de operações da Al Qaeda, preso em 2003 no Paquistão.

Pelo menos dois dos muçulmanos britânicos envolvidos no ataque que fez 52 mortos nos transportes públicos londrinos, em julho do ano passado, haviam visitado o Paquistão meses antes, o que despertou suspeitas de que eles teriam estabelecido vínculos com militantes do país.

O Paquistão prendeu centenas de supostos militantes da Al Qaeda desde que aderiu à "guerra ao terrorismo" iniciada por Washington depois do 11 de setembro.





Fonte: EFE

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