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Polícia Brasil
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 14:02

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A vida da professora e coordenadora pedagógica Lia Gomes da Silva, 26 anos, assassinada no dia 1º em Queimados, na Baixada Fluminense, custou R$ 1 mil. A trama do seqüestro e morte da mulher foi revelada à polícia por Solange Reinaldo Viana, 62 anos, mentora do crime e sogra da vítima. Ela decidiu contar o plano depois que o filho, o terceiro-sargento da Marinha Emerson Reinaldo Viana, 32 anos, foi preso, acusado de ser o mandante. Solange e Alessandra Campelo, 34 anos, responsável por apresentar os três executores do assassinato, foram detidas nesta quinta-feira por policiais da 64ª DP (São João de Meriti).

A Justiça decretou ontem a prisão temporária de Solange e Alessandra por 30 dias. Solange se apresentou ontem espontaneamente na delegacia. A partir do depoimento dela, a polícia já identificou o principal suspeito do crime. Ele também já teve a prisão decretada pela Justiça e está sendo procurado pela polícia. O estopim para Solange encomendar a morte da professora foi o fato de ela ter reatado o casamento com o filho.

Sogra odiava a vítima Solange confessou que odiava a nora. Elas inclusive já haviam discutido e trocado agressões. Apaixonado pela mulher, Emerson, que já tinha se separado, manteve a retomada do romance em sigilo para não desagradar à mãe. Mas quando Solange descobriu, ficou revoltada. Para eliminar a nora, ela pediu ajuda à Alessandra, que apresentou os três homens responsáveis por arquitetar o crime. Solange negociou a morte da nora pessoalmente.

Ontem, ela apresentou o depósito bancário de R$ 1 mil feito na conta de um dos assassinos. Após as revelações, a polícia não tem indícios de que Emerson tenha participado do crime.

Lia era casada quando conheceu Emerson, seu segundo marido. Seu divórcio foi concedido pelo primeiro marido de maneira amigável. Depois de um breve período de namoro tranqüilo com Emerson, começaram crises e conflitos. "Eles tinham brigas, mas demonstravam que estavam apaixonados", disse amigo de Emerson, que preferiu não se identificar.

Emerson queria oficializar o casamento com Lia, mas seu divórcio tramitava na Justiça. Na última briga do casal, ano passado, ele teria quebrado quadro com foto da filha, de dois anos. Após a separação, em janeiro, ele visitava menina. Lia havia entrado com pedido de pensão alimentícia na Justiça.

Lia Gomes foi seqüestrada por dois homens em um Kadett na manhã do dia 1º, quando seguia para o trabalho, em Vilar dos Teles, São João de Meriti, e assassinada numa estrada do bairro Vila Coimbra, em Queimados. Emerson tinha ligado de madrugada para o celular da professora, mas, segundo contou à polícia, foi só para fazer declaração de amor. "Liguei às 3h30 e apenas disse que a amava muito", afirmou.

No dia 2, após o enterro, no Cemitério Jardim da Saudade, em Édson Passos, Mesquita, ele foi preso e indiciado como principal suspeito do seqüestro e assassinato da ex-mulher. Emerson negou participação no crime.




Fonte: O Dia

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