Vendas no varejo nos EUA têm crescimento de 1,4% em julho
O dado mostra uma recuperação acentuada nas vendas, depois de uma queda de 0,4% em junho (dado revisado). Impulsionaram essa recuperação as vendas de aparelhos eletrônicos e de eletrodomésticos, materiais de construção e jardinagem, produtos de saúde e beleza e móveis.
A expectativa dos analistas era de um crescimento mais modesto, 0,8%.
As vendas de artigos esportivos, livros e em lojas de música foram os pontos fracos do mês passado, segundo o departamento.
Excluídas as vendas de automóveis, o crescimento foi de 1% --um crescimento também robusto, depois da ligeira variação positiva de 0,1% em junho. Já com a exclusão das vendas de gasolina, todas as demais vendas levaram a um aumento de 1,3%.
Confiança
A confiança do consumidor, no entanto, iniciou agosto apontando para baixo. O índice RBC Cash (Confiança e Gastos do Consumidor por Domicílio, na sigla em inglês), baseado em pesquisa realizada pelo instituto Ipsos, ficou em 74,8 pontos nos primeiros dias deste mês, contra os 80,1 pontos registrados em julho.
Os principais fatores a afetarem a confiança dos consumidores foram o preço da gasolina --que está em US$ 3 em alguns Estados americanos-- e o desaquecimento do mercado imobiliário.
Fed
Apesar do dado positivo de julho nas vendas no varejo, a avaliação do Federal Reserve (Fed, o BC americano) é de que a economia esteja em fase de desaquecimento --e os sinais são mesmo de perda de força: o PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu 2,5% no segundo trimestre, contra 5,6% no primeiro; e foram criadas 113 mil vagas no mercado de trabalho do país, contra uma expectativa de 145 mil.
O banco manteve nesta terça-feira (8) sua taxa de juros em 5,25%, interrompendo um ciclo de mais de dois anos de altas consecutivas. O banco avalia que a desaceleração econômica do país pode contrabalançar a pressão inflacionária exercida pelos preços do petróleo.
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