Novo 11 de setembro? Polícia londrina desarticula mega-atentado na Inglaterra.
Possivelmente este macro-atentado estava planejando para os 5 anos do 11 de setembro, procurando gerar mais mortes e afetando simultaneamente às duas potências que invadiram o Afeganistão e o Iraque. Se, depois da destruição das Torres de Manhattan, a opinião pública se inclinou para Bush e sua guerra anti-terrorista global, desta vez os binladenistas quiseram produzir um efeito tipo Madri (07/01/2004) no qual a população pedisse para evitar o terror com a retirada das tropas do Oriente Médio.
Este incidente acontece 45 dias antes da conferência anual do partido laborista, onde vários setores querem que Londres se distancie de Bush e Olmert ou que Blair deixe o premierato. Blair, no entanto, deseja valer-se disso para demonstrar a eficácia de seus serviços e a necessidade de manter-se no poder. Novas restrições poderão ser aprovadas e com as quais, os imigrantes voltariam a ser afetados.
(Londres, BR Press) - Bush, Olmert e Blair são o trio contra o qual 100 mil pessoas marcharam pelo cessar-fogo imediato no Líbano. Esta é, até agora, a maior demonstração do Ocidente contra a guerra.
Dentro do Partido Trabalhista cresce a discrepância perante o aval que Blair deu a Bush e Olmert. Até o anterior chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, se distanciou do belicismo dos EUA e, por tabela, de Israel.
Cachorro bobo de Bush
Os manifestantes antiguerra agora querem cercar a conferência anual do governo trabalhista, em setembro, para exigir que Blair saia ou anuncie o ano final de seu mandato. Nunca nenhum governo britânico foi tanto a reboque de Washington (nem sequer durante a era Reagan-Thatcher, pois ambos divergiram nas questões das Malvinas e Granada). Blair vem sendo caricaturizado como o cachorro bobo de Bush.
No entanto, Blair acusa aos pacifistas de serem os bobos úteis de Hizbollah e Irã, para minar Israel e os interesses ocidentais e favorecer o terrorismo, o fundamentalismo e os nacionalizadores de empresas.
O jogo israelense
(Londres, BR Press) - Muitos analistas criticam Israel alegando que sua atual ofensiva: 1) mata mais civis libaneses que milicianos de Hizbollah; 2) minou a principal democracia pró-ocidental do Oriente Médio, a mesma que acabava de tirar tropas sírias de ocupação; 3) isola Israel do consenso público mundial; 4) não há maneira pela qual Israel possa erradicar o Hizbollah e, além do mais, a ocupação Líbano pelo país (1982-2000) fez com que o movimento extremista nascesse e se fortalecesse; 5)os ataques terminam favorecendo Israel.
No entanto, o primeiro ministro israelense Ehud Olmert conseguiu: 1) ajudar os EUA, que vêm recuando no Iraque e Afeganistão, a mostraram um "alto lá" à Síria e ao Irã; 2) um apoio significativo de sua população (similar ao que Bush obteve inicialmente em seu país, depois do 11-09-2001), que lhe permite se consolidar no poder depois de ter ganhado por pouco as eleições; 3) mostrar-se como um líder duro que seja capaz de não ser dominado pelos falcões de Washington, postura que depois lhe permita negociar uma retirada unilateral de zonas palestinas em Cisjordânia - o que enfuresceu colonos judaicos na região, especialmente os mais conservadores.
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