Secretário de Segurança diz que não deixa o cargo

O Secretário de Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que não vai pedir demissão, mesmo depois da liberação de R$ 79,8 milhões do governo federal para o Estado. Ele afirmou, na segunda-feira, que entregaria o cargo caso o dinheiro fosse liberado este ano. No entanto, segundo ele, se o dinheiro não chegasse ao Estado, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, deveria deixar o cargo.

Em 14 de julho, o ministro da Justiça prometeu R$ 107 milhões para a segurança de São Paulo e para a reconstrução de presídios. Saulo, por meio da sua Assessoria de Imprensa, afirmou que confirma o desafio "cargo por cargo" e que o dinheiro ainda não chegou. "O dinheiro não chegou e não chegará". "São Paulo vai ter de esperar. Essa fatura de hoje vai ficar pendurada para o próximo governo pagar", complementou, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Ontem, o candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, cobrou a promessa de Saulo. O petista afirmou que Saulo deveria entregar o cargo conforme havia prometido, já que o governo federal liberou parte do dinheiro.

Saulo rebateu a afirmação de Mercadante e disse que ele usa o mesmo discurso "para barrar as investigações do governo na CPI." Saulo, no entanto, não comentou a crítica feita pelo presidente Lula anteontem. O presidente disse que o secretário "deveria ser mais sensato na hora de abrir a boca."