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Nacional
Sexta - 11 de Agosto de 2006 às 04:04

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A Justiça negou na quinta-feira o pedido de saída temporária no Dia dos Pais para 200 detentos do regime semi-aberto da cidade de São Paulo. Das 932 solicitações de indulto, 707 foram atendidas.

Dentre os liberados estão 15 dos 25 presos da capital apontados pela inteligência da Polícia Militar como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de outras facções.

Na manhã de ontem, 1.393 detentos deixaram o Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, no interior do Estado, para voltar temporariamente para casa.



De acordo com o Estado de S.Paulo, alguns presos terão seus passos acompanhados pela polícia, segundo pedido da juíza Isaura Cristina Barreira, da Vara de Execuções Criminais do fórum da Barra Funda.

É uma forma de tentar impedir que eles usem o período em liberdade - de hoje, às 8 horas, até segunda-feira, às 17 horas - para participar de eventuais ataques. O comandante da PM, coronel Elizeu Eclair, recebeu a declaração com ironia, questionando, então, porque esses presos receberam o indulto.

A juíza afirmou que os relatos da polícia sobre as supostas ligações de presos com o Primeiro Comando da Capital (PCC) não seriam motivo suficiente para o veto do indulto se não houvesse provas.

A polícia decidiu divulgar essa lista para prevenir possíveis novos atentados, já que o PCC ameaçou realizar nova onda de ataques durante o feriado de Dia dos Pais. Após o receio da polícia em não libertar supostos membros da facção criminosa, a madrugada de sexta-feira não registrou, até as 4h, nenhuma ocorrência de novos ataques.

Segundo a Folha de S.Paulo, o Ministério Público pretende pedir que os identificados no semi-aberto como sendo do PCC voltem ao regime fechado.

Membros do PCC em liberdade A Inteligência da PM mapeou 802 integrantes do PCC que estão soltos. Desses, 250 já cumpriram suas penas, os demais nunca foram presos. A polícia também reuniu fotografias e outras informações que podem ser utilizadas para investigações.

Segundo o levantamento, entre os que estão soltos só existe um integrante da cúpula da organização criminosa. A inteligência fez um mapeamento dos líderes do PCC e descobriu 154 criminosos nos primeiros escalões da facção.

A maioria dos chefes está presa - a PM estima que mais de 90% dos líderes estão nessa situação. A corporação possui ao todo as fichas completas de 5.012 integrantes do PCC.




Fonte: Terra

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