Professores trocam experiências de projetos desenvolvidos na comunidade
As professoras das escolas estaduais Norberto Schwantes e 31 de Março, em Canarana, Maria de Rosa e Sara Malvessi, apresentaram a campanha ‘Y Ikatu Xingu – Salve a Água Boa do Xingu, onde são desenvolvidas várias ações. Entre elas: a produção de mudas para o reflorestamento de rios e arborização da cidade, bem como a reciclagem, feita com o recolhimento do lixo doméstico.
Esses projetos são desenvolvidos durante as aulas de campo com os alunos. “Não existe melhor parceiro do que o estudante. Envolve-los nessa luta ambiental é de suma importância, já que têm uma parcela de responsabilidade nesse processo de sensibilização da comunidade e de autoridades sobre a questão ambiental controlado”, destacou Sara, que ministra aulas de biologia e química.
O trabalho em defesa e proteção as nascentes do rio Xingu reúne profissionais liberais de seis municípios mato-grossenses – Canarana, Querência, Ribeirão Cascalheira, Gaúcha do Norte, Nova Xavantina e Água Boa.
A professora de Novo São Joaquim, Tânia Alves Correa, relatou que existe um processo de devastação na região, apesar dos esforços da escola e do governo. “Em muitas regiões não encontramos mais árvores, as nascentes dos córregos e rios também estão em alguns casos em situações precárias. A Educação Ambiental deve acontecer em todas as áreas, e a escola tem o seu papel nesse processo, devemos reagir logo, o mais rápido possível”, disse.
Boas experiências
Em Nova Nazaré, o professor de Biologia Márcio Luis Rotta explicou como desenvolve o trabalho de reflorestamento do rio Borecai, onde segundo ele muitas pessoas sobrevivem da pesca. “O rio passou por uma tragédia ecológica, onde pessoas queimaram as margens e as cinzas foram pra dentro do rio. Agora, no local, professores e alunos estão começando o trabalho de reflorestamento com mudas”, destaca.
Já a dificuldade no trabalho ambiental e o papel do professor e da comunidade, no processo de conscientização foram destacados pela professora Patrícia Napolis. “As dificuldades existem para todos. Não é fácil trabalhar com a questão ambiental, mas a formação do ser humano, da criança, e principalmente, do professor é muito importante no processo de cidadania”, argumentou.
Papel da escola
No final, a coordenadora do PrEÁ, Débora Pedrotti também destacou o papel da escola e a contribuição do cidadão nas questões ambientais. “A escola não pode tudo, mas ela pode muito. A situação ambiental é emergente não só em Mato Grosso, como no mundo, onde ser feita uma discussão ampla, e é pra isso que estamos aqui, fazer trabalho de formiguinhas e engajar nesse trabalho de sensibilização”, finalizou.
No evento, que termina hoje (10.09), tem a participação de 150 pessoas de 18 municípios que compõem o pólo de Barra do Garças. A formação está realizada pelo projeto de Educação Ambiental (PrEÁ), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), e tem o objetivo de orientar as pessoas na construção de projetos educacionais e comunitários nas escolas. de outubro.
Comentários