Annan pressiona CS para que adote resolução até sábado
Em comunicado, Annan declarou que está trabalhando intensamente junto com os membros do CS e os principais envolvidos no conflito para resolver a situação na Linha Azul, na fronteira entre Israel e o Líbano.
"Os enfrentamentos devem ser interrompidos para que vidas sejam salvas nos dois lados e para que a população se recupere do pesadelo vivido ao longo das últimas quatro semanas", assinalou.
"Acho que deve ser possível para o Conselho de Segurança adotar uma resolução antes deste final de semana", acrescentou.
Annan também pressionou os patrocinadores da resolução, EUA e França, em reunião realizada com os embaixadores de ambos os países na ONU, John Bolton e Jean-Marc de la Sablière, respectivamente, para que analisem o andamento das negociações para a minuta de resolução.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, informou que os esforços de Annan para que a resolução seja adotada foram dirigidos também à ministra de Assuntos Exteriores israelense, Tzipi Livni, ao primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e à secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, com quem manteve contato telefônico.
EUA e França estão à espera da resposta libanesa a novas propostas apresentadas sobre o projeto de resolução, no que diz respeito à retirada das tropas israelenses do sul do Líbano. Na primeira versão da minuta não foi estipulada a retirada dos dez mil oficiais militares israelenses que já se encontram no sul do Líbano, apesar de sua evacuação ser uma das exigências do Governo de Beirute e dos países árabes.
O atual presidente do CS, o embaixador ganês Nana Effah-Apenteng, afirmou que existem ainda pontos divergentes nas negociações e que estão relacionados com uma "combinação de aspectos técnicos e políticos, duas áreas que não podem ser desvinculadas".
"Acredito que teremos resultados. Espero que das negociações saia algo, concretamente. A paciência move montanhas, e devemos ser pacientes", ressaltou.
Os cinco membros permanentes do CS - EUA, Reino Unido, França, Rússia e China - voltarão a se reunir hoje para tentar eliminar diferenças nas discussões, e, após dias de desânimo, parece que o otimismo voltou a tomar conta do ambiente.
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