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Nacional
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 14:33

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O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, criticou hoje o uso político das Forças Armadas, em meio à polêmica sobre a presença ou não de tropas federais em São Paulo para atuar no combate ao crime organizado. "O Exército faz manobras militares, (mas) é uma instituição que não deve servir a manobras políticas", disse Alckmin a jornalistas, após palestra para empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Desde maio, na primeira onda de ataques no Estado de São Paulo, liderada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva oferece a ajuda de forças federais, proposta que vem sendo sistematicamente recusada pelo governador Cláudio Lembo (PFL), sucessor de Alckmin. Em troca, tucanos e pefelistas cobram a liberação de recursos federais para a área de segurança.

"O governo do Estado já disse que o governo federal pode ajudar. O Estado aceita, quer toda a ajuda. Agora, ajuda efetiva, que é a liberação de recursos, a retirada de presos federais e a escolta desses presos", acrescentou.

O ex-governador paulista também procurou racionalizar a questão da segurança. Afirmou que, se vencer as eleições de outubro, vai dar prioridade à área. "A segurança foi relegada para um plano secundário. O governo não liberou os recursos e se omitiu nessa área".

Enfatizando ser contra a presença das tropas em São Paulo, Alckmin disse ainda que o papel das Forças Armadas, além do constitucional, é policiar fronteiras, coibindo o tráfico de drogas e de armas. "Nós vamos trabalhar para recuperar as Forças Armadas, elas foram sucateadas", prometeu.




Fonte: Reuters

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