Moscou nega que Hisbolá esteja usando armas russas antitanque
"Semelhantes insinuações causam espanto em Moscou. Se surgem problemas, para resolvê-los existem os canais diplomáticos. Por enquanto ninguém nos enviou queixas nem apresentou provas", afirmou o porta-voz da Chancelaria russa, Mikhail Kaminin.
O diplomata disse à agência oficial "Itar-Tass" que "a Rússia cumpre estritamente seus compromissos internacionais ao realizar sua cooperação militar e técnica, em particular com os países da região do Oriente Médio".
"Nosso sistema de controle das exportações de armamento é um dos mais seguros e exclui a possibilidade de que as armas acabem em mãos alheias", assegurou o porta-voz.
Kaminin acrescentou que o Governo russo, ao vender armas a outros países, "leva em consideração o caráter conflituoso da situação política e militar no Oriente Médio, que requer um enfoque sustentado e rigoroso em relação a tais assuntos".
O embaixador da Síria na Rússia, Hassan Rishi, assegurou hoje que Damasco não violou acordos internacionais e não forneceu armamento para o Hisbolá, como denuncia Israel.
"Em condições da globalização, todos os mercados estão abertos. O Hisbolá, como qualquer outra força no mundo, pode comprar qualquer armamento, mas a Síria cumpre todos os acordos internacionais", afirmou Rishi em entrevista coletiva em Moscou.
O diplomata assegurou que "a Síria não é nenhum tutor do Hisbolá nem de outras organizações, e presta muita atenção ao cumprimento dos convênios internacionais, sobretudo dos relativos às armas".
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