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Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 12:05

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SÃO PAULO - O diretor inglês Paul Bullok ficou surpreso com a popularidade de Carmen Miranda no Brasil, 51 anos após sua morte, completados no último sábado (5 de agosto). Ele esteve no Rio na semana passada para gravar um documentário sobre a Pequena Notável, com duração de 60 minutos, para ser exibido no fim do ano. "Pontos da minha pesquisa, como a paisagem em que ela viveu, a praia, as palmeiras, o Pão de Açúcar e o calor dos cariocas se confirmaram, mas eu não sabia que até hoje as mulheres daqui usam salto plataforma e se vestem como ela e tantos artistas cantam seu repertório", disse Bullok ao Estado, antes de gravar na Confeitaria Colombo, centenário restaurante do centro do Rio, cenário de parte da vida da cantora.

O documentário faz parte da série "Legends" (lendas, em inglês) que é exibida no canal 4 da BBC, dedicado à cultura. Já foram feitos filmes sobre Mario Lanza, Edith Piaf e Josephine Backer. "Na Grã-Bretanha, quando se fala em Carmen Miranda, pensa-se em frutas. Os jovens e as pessoas da minha geração conhecem seus filmes, mas não sua atuação como cantora e no palco. O filme busca saber quem foi ela, o que representou no passado e hoje em dia."

A pesquisa de Bullok partiu da biografia dela escrita por Ruy Castro (um dos entrevistados do documentário) e da orientação do professor de cinema, João Luiz Vieira, da Universidade Federal Fluminense (UFF), que falou sobre seus filmes brasileiros, a maior parte deles perdida. "Eu conhecia os títulos de Hollywood e me encantei com Alô, Alô! Carnaval e o trailer de outro. A partir desses filmes, compreendi por que ela encantou os americanos já em sua primeira aparição na Broadway, no musical Streets of Paris", contou o diretor, especializado em documentários e musicais de vários gêneros.

Além de Ruy Castro, ele falou também com a atriz Marília Pera (cujo espetáculo sobre Carmen Miranda foi sucesso no Rio e São Paulo), Ney Matogrosso (que grava seu repertório desde que começou carreira solo há 30 anos e dedicou-lhe o disco "Batuque"), a sobrinha da cantora, Carminha, e o curador da exposição lembrando os 50 anos de sua morte, que esteve no Rio (no fim do ano passado) e São Paulo (em março e abril deste ano).

Dos 60 minutos, metade será dedicada à carreira brasileira e a outra parte à carreira internacional da cantora.





Fonte: Agência Estado

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