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Agronegócios
Quinta - 10 de Agosto de 2006 às 08:33

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Com a redução da estimativa de safra de grãos para este ano, o Brasil terá que elevar a importação de algodão e de trigo. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) afirma que não há risco de desabastecimento. Ontem, o órgão divulgou a nona projeção de safra de grãos do país para 2005/6, de 119,7 milhões de toneladas --5,1% maior do que a última safra, mas 2,9% menor do que a primeira projeção.

"Nós temos estoques suficientes no Brasil hoje para o abastecimento atual e não queremos fazer nenhum exercício de futurologia para o próximo ano. Não temos nenhuma previsão catastrófica com relação ao abastecimento neste ano", disse Jacinto Ferreira, presidente da Conab. Segundo ele, as projeções para 2006/7 serão feitas em novembro.

Para o trigo, no entanto, Ferreira já avalia que haverá diminuição de oferta. Houve queda na área plantada neste ano e a produção do cereal deverá cair, com conseqüente redução de oferta, que será suprida pelos argentinos, diz ele. A safra argentina foi relativamente boa e atingiu 14 milhões de toneladas, segundo Ferreira.

"Isso quer dizer duas coisas: vamos gastar um pouco mais de divisas na importação do trigo argentino, mas, em compensação, o produto brasileiro deverá se valorizar, porque vai ficar mais escasso", avaliou.

A importação de trigo deverá aumentar de 5,7 milhões de toneladas na safra 2005/6 para 6,8 milhões de toneladas na safra 2006/7. A produção nacional de trigo deverá ficar 30,2% menor na safra atual em relação à safra passada.

Ainda de acordo com Ferreira, o Brasil precisará importar algodão. Nesse caso, afirmou, a recuperação da produção nacional será rápida. "O algodão vai se recuperar rapidamente, porque os preços estão bons. No ano que vem, creio que não será preciso importar." Argentina acusa A Federação Argentina da Indústria de Moagem (Faim) emitiu comunicado acusando a alfândega brasileira de impor barreiras não-tarifárias à entrada, no Brasil, de farinhas pré-mescladas argentinas. Segundo a entidade, desde a semana passada a aduana determinou que toda a farinha pré-mesclada argentina passe obrigatoriamente por análise de sua composição antes de ser liberada para comercialização no país --há diferenças entre as alíquotas cobradas para a importação de trigo, farinhas e pré-mesclas. Para o presidente da Faim, Alberto España, a medida significará perda de US$ 50 milhões anuais para o setor.





Fonte: Folha Online

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