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Anestésico pode tratar depressão em horas, diz estudo
Cientistas americanos dizem que a droga anestésica ketamina pode tratar a depressão em algumas horas.
Eles fizeram um estudo com 17 pacientes sofrendo de depressão severa que haviam sido tratados, sem sucesso, com pelo menos dois tipos de anti-depressivos.
Segundo os cientistas do National Institute of Health em Bethesda, Maryland, nos Estados Unidos, os efeitos benéficos da ketamina foram sentidos em menos de duas horas e duraram cerca de uma semana.
O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry.
A maioria dos tratamentos atuais para depressão demora semanas e até meses para aliviar os sintomas.
A droga ketamina é um poderoso anestésico usado em humanos e animais. Ela também é usada como droga recreativa.
Para o estudo, os voluntários foram injetados alternadamente com ketamina ou com um placebo.
Os pesquisadores mediram os índices de depressão dos participantes minutos, horas e dias após as injeções.
O coordenador da pesquisa, Carlos Zarata Jr, disse: "Dentro de 110 minutos, a metade dos pacientes que receberam ketamina mostrou uma diminuição de 50% nos sintomas". No final do primeiro dia, 71% dos voluntários mostraram sinais de melhora. E 29% deles ficaram livres de sintomas.
Os pesquisadores também descobriram que, para mais de um terço dos participantes, o efeito de uma dose durou ao menos uma semana.
Muitos antidepressivos atuam sobre substâncias presentes no cérebro como a seratonina e a dopamina, mas seu efeito só começa a ser sentido depois de várias semanas.
Os pesquisadores americanos acreditam que a ketamina tem um efeito mais rápido porque age sobre uma proteína diferente, o receptor NMDA, que estaria associada ao aprendizado e à memória.
Mas, segundo os cientistas, a droga não poderia ser usada na forma atual por causa dos efeitos colaterais de doses altas, entre eles, alucinações e euforia.
"Esse estudo é um instrumento para nos ajudar a entender qual parte da ketamina está causando o efeito, para que possamos refinar e desenvolver drogas melhores", disse Zarate.
"Estamos também procurando formas de usar a ketamina, talvez em doses mais baixas ou em conjunto com drogas que bloqueiem seus efeitos na percepção, para que possamos administrá-la clinicamente", acrescentou.
Comentando o estudo, o professor de toxicologia John Henry, do hospital St. Mary's, em Londres, disse que o estudo é promissor.
Para ele, uma droga de efeito mais rápido traria muitos benefícios.
"As pessoas poderiam voltar ao trabalho mais rápido, e (a droga) também reduziria o risco de suicídio e auto-abuso", disse.
Eles fizeram um estudo com 17 pacientes sofrendo de depressão severa que haviam sido tratados, sem sucesso, com pelo menos dois tipos de anti-depressivos.
Segundo os cientistas do National Institute of Health em Bethesda, Maryland, nos Estados Unidos, os efeitos benéficos da ketamina foram sentidos em menos de duas horas e duraram cerca de uma semana.
O estudo foi publicado na revista Archives of General Psychiatry.
A maioria dos tratamentos atuais para depressão demora semanas e até meses para aliviar os sintomas.
A droga ketamina é um poderoso anestésico usado em humanos e animais. Ela também é usada como droga recreativa.
Para o estudo, os voluntários foram injetados alternadamente com ketamina ou com um placebo.
Os pesquisadores mediram os índices de depressão dos participantes minutos, horas e dias após as injeções.
O coordenador da pesquisa, Carlos Zarata Jr, disse: "Dentro de 110 minutos, a metade dos pacientes que receberam ketamina mostrou uma diminuição de 50% nos sintomas". No final do primeiro dia, 71% dos voluntários mostraram sinais de melhora. E 29% deles ficaram livres de sintomas.
Os pesquisadores também descobriram que, para mais de um terço dos participantes, o efeito de uma dose durou ao menos uma semana.
Muitos antidepressivos atuam sobre substâncias presentes no cérebro como a seratonina e a dopamina, mas seu efeito só começa a ser sentido depois de várias semanas.
Os pesquisadores americanos acreditam que a ketamina tem um efeito mais rápido porque age sobre uma proteína diferente, o receptor NMDA, que estaria associada ao aprendizado e à memória.
Mas, segundo os cientistas, a droga não poderia ser usada na forma atual por causa dos efeitos colaterais de doses altas, entre eles, alucinações e euforia.
"Esse estudo é um instrumento para nos ajudar a entender qual parte da ketamina está causando o efeito, para que possamos refinar e desenvolver drogas melhores", disse Zarate.
"Estamos também procurando formas de usar a ketamina, talvez em doses mais baixas ou em conjunto com drogas que bloqueiem seus efeitos na percepção, para que possamos administrá-la clinicamente", acrescentou.
Comentando o estudo, o professor de toxicologia John Henry, do hospital St. Mary's, em Londres, disse que o estudo é promissor.
Para ele, uma droga de efeito mais rápido traria muitos benefícios.
"As pessoas poderiam voltar ao trabalho mais rápido, e (a droga) também reduziria o risco de suicídio e auto-abuso", disse.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/283918/visualizar/
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