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Relançamentos festejam 60 anos de Maria Bethânia
Maria Bethânia foi a primeira obra de Caetano Veloso. Ele ainda não tinha 4 anos quando nasceu sua irmã mais nova, que ganhou o nome de Maria Bethânia por sugestão sua: era o título de uma música de Capiba, sucesso na voz de Nelson Gonçalves em 1946.
Desde então, o mano Caetano tem sido presença forte na vida e obra da cantora, que completou 60 anos no dia 18 de junho e acaba de ter 34 dos 40 títulos de sua carreira relançados, em trabalho conjunto das multinacionais Universal (22 CDs), SonyBMG (6 e uma coletânea de seus compactos iniciais) e EMI (5). Ficaram de fora apenas os CDs lançados por sua atual gravadora, a Biscoito Fino. Mas até esta, indiretamente, participa da festa, com o recente lançamento em DVD do documentário ¿Música é Perfume¿, do francês Georges Gachot.
Os relançamentos, que cobrem 36 anos da extensa carreira de Bethânia (de 1965 a 2001), confirmam a total independência da "abelha-rainha", que já surgiu indefinível, numa época em que rótulos colavam nos músicos brasileiros com facilidade: nunca foi da Bossa Nova como a madrinha Nara Leão, nem da Tropicália, como o irmão Caetano e os amigos, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé; não era uma cantora "de protesto" como Geraldo Vandré, nem uma romântica saudosista. Ao mesmo tempo, sempre foi tudo isto com naturalidade: "Só canto o que quero, com quem quero, como quero e quando quero", costuma dizer.
Bethânia, que ontem se apresentou na abertura da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), arrebatou o Rio de Janeiro logo de cara, em 1965. Chegou para substituir Nara Leão no histórico show Opinião e conquistou crítica e público com a interpretação densa de Carcará, de João do Vale.
No mesmo ano, já gravara os dois primeiros LPs. A voz grave, dramática, da cantora nunca coube em formatos fechados. Seu repertório é uma ponte entre gerações da música brasileira. Olhando para trás, gravou Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Paulo Vanzolini. De olho no futuro, especialmente nos anos 70, apresentou nomes como Luiz Melodia, Angela Rorô, Gonzaguinha.
Especializou-se no repertório de Caetano e Chico Buarque, que a considera sua maior intérprete. Com os dois, gravou discos ao vivo que são clássicos. Ainda assim, só se permitiu estar em grupo uma vez, em 1976, na experiência pós-tropicalista dos Doces Bárbaros (ela, Gil, Gal e Caetano). Em outubro, Bethânia lança novo disco, pelo próprio selo, o Quitanda, mais independente do que nunca. Os relançamentos que chegam ao mercado atestam sua coerência.
Desde então, o mano Caetano tem sido presença forte na vida e obra da cantora, que completou 60 anos no dia 18 de junho e acaba de ter 34 dos 40 títulos de sua carreira relançados, em trabalho conjunto das multinacionais Universal (22 CDs), SonyBMG (6 e uma coletânea de seus compactos iniciais) e EMI (5). Ficaram de fora apenas os CDs lançados por sua atual gravadora, a Biscoito Fino. Mas até esta, indiretamente, participa da festa, com o recente lançamento em DVD do documentário ¿Música é Perfume¿, do francês Georges Gachot.
Os relançamentos, que cobrem 36 anos da extensa carreira de Bethânia (de 1965 a 2001), confirmam a total independência da "abelha-rainha", que já surgiu indefinível, numa época em que rótulos colavam nos músicos brasileiros com facilidade: nunca foi da Bossa Nova como a madrinha Nara Leão, nem da Tropicália, como o irmão Caetano e os amigos, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé; não era uma cantora "de protesto" como Geraldo Vandré, nem uma romântica saudosista. Ao mesmo tempo, sempre foi tudo isto com naturalidade: "Só canto o que quero, com quem quero, como quero e quando quero", costuma dizer.
Bethânia, que ontem se apresentou na abertura da Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), arrebatou o Rio de Janeiro logo de cara, em 1965. Chegou para substituir Nara Leão no histórico show Opinião e conquistou crítica e público com a interpretação densa de Carcará, de João do Vale.
No mesmo ano, já gravara os dois primeiros LPs. A voz grave, dramática, da cantora nunca coube em formatos fechados. Seu repertório é uma ponte entre gerações da música brasileira. Olhando para trás, gravou Noel Rosa, Lupicínio Rodrigues, Paulo Vanzolini. De olho no futuro, especialmente nos anos 70, apresentou nomes como Luiz Melodia, Angela Rorô, Gonzaguinha.
Especializou-se no repertório de Caetano e Chico Buarque, que a considera sua maior intérprete. Com os dois, gravou discos ao vivo que são clássicos. Ainda assim, só se permitiu estar em grupo uma vez, em 1976, na experiência pós-tropicalista dos Doces Bárbaros (ela, Gil, Gal e Caetano). Em outubro, Bethânia lança novo disco, pelo próprio selo, o Quitanda, mais independente do que nunca. Os relançamentos que chegam ao mercado atestam sua coerência.
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/283949/visualizar/
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