Assembléia da Euromed pede resolução da ONU de cessar-fogo

A Assembléia Euro-mediterrânea (Euromed), instituição que reúne deputados da Europa e da bacia do Mediterrâneo, pediu hoje que a ONU aprove uma resolução que exija "um cessar-fogo imediato" no Líbano e a mobilização de uma força internacional. Em declaração escrita, a Assembléia também condena "energicamente" o bombardeio israelense à cidade libanesa de Qana - onde cerca de 60 civis morreram -, a morte de quatro observadores militares da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul) e "o caráter desproporcional das ações" do Exército de Israel.

Além disso, a entidade condena "energicamente" os "ataques contra o território israelense que tenham causado vítimas entre a população civil e convida todas as partes a deixarem de realizar ações violentas contra civis".

A mesa da Euromed, formada pelo presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, e por seus homólogos das câmaras legislativas de Grécia, Egito, e Tunísia, também expressou seu apoio ao plano do Governo libanês para sair da crise e defendeu o posicionamento de uma força "de estabilização" com mandato das Nações Unidas perto da fronteira entre Israel e Líbano.

Neste contexto, pediu ao Conselho de Segurança da ONU que "assuma suas responsabilidades e adote uma resolução em favor de um cessar-fogo imediato, como primeira etapa para negociações para um acerto global, que inclua o retorno dos soldados e dos prisioneiros seqüestrados".

Além disso, elaborou uma declaração na qual expressa "sua mais firme indignação" por causa da prisão, pelos israelenses, do presidente do Conselho Legislativo Palestino (Parlamento), Aziz Dweik.

Em um comunicado, Borrell comemorou o fato de pela primeira vez desde o início da crise do Líbano "líderes políticos da Europa e do mundo árabe terem falado com uma só voz".

"Espero que nossas palavras e uma convocação à razão consigam iluminar o beco sem saída no qual está imerso o Conselho de Segurança da ONU", concluiu.