Receita com exportações de carne tem aumento de 15%, segundo indústrias
O volume de carne exportada no mesmo período teve um crescimento de 2,3%, comparado aos números de 2005. Nos sete primeiros meses do ano, o volume embarcado de carne foi de quase 1,29 milhão de toneladas, contra 1,26 milhão de toneladas no ano passado. Para o diretor executivo da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, os números apresentados ontem são satisfatórios.
“A gente fez uma previsão de volume de receita de 15% para o ano e o número tem se mostrado por aí. De volume a gente também fez uma avaliação nesse sentido, de 10%, e eu acho que a partir desse mês, com o provável aumento dos estados para a Rússia, as quantidades devem dobrar ou triplicar em relação aos meses anteriores”, disse Camardelli.
Apesar de considerar os números satisfatórios, ele acredita que as estimativas podem melhorar, principalmente se o Brasil conseguir superar os embargos à carne aplicados pelo Chile, Ucrânia, África do Sul, Angola e outros 25 países da União Européia. Os embargos têm atingido os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
“O Brasil pode melhorar. Depende muito do trabalho que deve ser feito posterior às reversões dos embargos, acessando mercados mais competitivos em termos de preços, que praticam preços 300% mais caros que os mercados que o Brasil detém hoje. Estou falando de Coréia, Japão, Estados Unidos. A gente só vai conseguir isso depois de sepultar o episódio anterior da febre aftosa.”
No levantamento da Abiec, a Rússia é o principal país de destino de carne in natura, com um rendimento de US$ 251 milhões em receita e 171 mil toneladas em volume. Já os Estados Unidos são os que mais compram carne industrializada: US$ 165 milhões de receita e 97 mil toneladas embarcadas.
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