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Nacional
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 08:11

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O Ministério Público Federal em Minas Gerais denunciou ontem à Justiça a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e 12 integrantes e ex-integrantes da diretoria-executiva da instituição por gestão temerária de instituição financeira, conhecido com crime do colarinho branco. Segundo o MPF, os denunciados exerceram as suas atividades, entre 2003 e 2005, "em desacordo com as normas de boa gestão e segurança operacional a que estão legalmente obrigados na direção de uma instituição financeira".

Dentre as operações analisadas, estão os empréstimos contraídos no Banco Rural pelo PT, pela SMPB Comunicação e Graffiti Participações, empresas de Marcos Valério, acusado de operar o mensalão - pagamento de propina a parlamentares aliados em troca de apoio ao governo no Congresso.

Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares indicaram empréstimos tomados no Rural e no BMG - no valor original de R$ 55 milhões, entre 2003 e 2004 -, como a origem do caixa 2 petista e do dinheiro dado a aliados.

As contas e aplicações bancárias de Valério e seus sócios na SMPB - Cristiano de Mello Paz e Ramon Cardoso - já foram bloqueadas pela Justiça mineira em pelo menos duas ações de execução movidas pelo Rural. As decisões não têm efeito prático, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia determinado o bloqueio dos seus bens.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o Banco Rural divulgou nota alegando que não foi informado da acusação. "Ao que tudo indica, trata-se de simples conseqüência processual no âmbito do Ministério Público sobre operações de amplo conhecimento, já absorvidas patrimonialmente pelo Banco Rural", disse. "O Banco Rural confia que, ao final, ficará demonstrada a inexistência de irregularidades."





Fonte: Terra

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