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Nacional
Quarta - 09 de Agosto de 2006 às 06:28

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A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar a suspeita de venda de corpos no Instituto Médico-Legal (IML) de Duque de Caxias.

O corregedor Ricardo Martins também quer saber se o papiloscopista Geraldo Jorge Dias, responsável pela liberação do corpo reconhecido como sendo o do ex-oficial da Marinha Mercante, Yussef Georges Sarkis, 52 anos, tem participação na Máfia dos Corpos.

Na segunda-feira, Geraldo, que havia sido exonerado da função em 13 de julho de 2004, voltou ao trabalho. Desta vez, lotado na 41ª DP. A readmissão do servidor foi publicada no Diário Oficial do Executivo, dia 17 de julho deste ano.

Frauda em seguro

Yussef, que atualmente está em liberdade condicional, usou corpo de homem não identificado, encontrado por policiais militares, na rodovia Washington Luiz, para ser enterrado em seu lugar. O objetivo era tentar escapar de prisão e dar o golpe do seguro de vida.

Dias antes de se declarar morto, 'Libanês', como era conhecido na comunidade onde mora, na Ilha do Governador, havia assinado três apólices. Somadas e em valores atuais, as indenizações ultrapassariam R$ 1 milhão. As beneficiárias seriam a ex-mulher de Yussef, Neusa Sarkis, e a faxineira Marly Jorge de Araújo Silva. Foram elas que fizeram o reconhecimento do corpo no IML.

O golpe só não deu certo porque uma das seguradoras desconfiou e solicitou comparação entre as digitais de Yussef com as do cadáver sepultado. Diante das evidências, o caso, que foi registrado na 59ª DP em 21 de março de 1995 como encontro de cadáver, passou a ser investigado como estelionato. A Corregedoria de Polícia vai solicitar o inquérito para saber se ele foi concluído e de que forma.




Fonte: O Dia Online

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