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Internacional
Terça - 08 de Agosto de 2006 às 14:45

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Autoridades árabes devem exigir na terça-feira que o Conselho de Segurança da ONU ordene a retirada imediata das tropas de Israel do Líbano, para que o Exército libanês possa tomar o sul do país das mãos do Hizbollah.

Os Estados Unidos e a França disseram que querem ouvir o que os enviados árabes têm a dizer antes de apresentar formalmente sua proposta de resolução, que determina a trégua entre Israel e o Hizbollah e estabelece as bases para um acordo político.

Mas a votação só deve acontecer a partir de quinta-feira. Enquanto isso, os diplomatas vão fazer ajustes no texto e ouvir a apresentação de três delegados da Liga Árabe, os ministros das Relações Exteriores do Catar e dos Emirados Árabes Unidos e o secretário-geral da liga, Amr Moussa.

O anúncio feito pelo Líbano na segunda-feira, de que estava enviando 15 mil soldados para o sul do país, teve influência na mudança das negociações.

"Achamos que é uma proposta significativa e importante feita pelo primeiro-ministro Siniora, e ela seria um passo necessário para a paz, mas a implementação da proposta precisa ocorrer dentro do contexto do Conselho de Segurança", disse à Reuters em Washington Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado.

Para ele, as tropas libanesas teriam de receber o apoio de uma força internacional.

Segundo os diplomatas, Israel quer que uma força internacional de reação rápida comece a se mobilizar no sul do Líbano junto com os soldados libaneses, para que as tropas israelenses possam se retirar. Mas, de acordo com as fontes, nenhuma decisão foi tomada ainda.

O embaixador russo na ONU Vitaly Churkin deixou claro que a posição libanesa tem de ser ouvida. "Está óbvio para nós que uma proposta que não seja favorável ao lado libanês não deve ser adotada", disse ele à TV estatal russa. "Isso levará ao prolongamento do conflito e da violência."

"Estão sendo realizados esforços — e estamos participando deles — para tornar a proposta mais aceitável para o Líbano. É difícil prever quando isso vai acontecer, quando as palavras certas serão encontradas para que o lado israelense também concorde", disse Churkin.

Numa reunião em Beirute, 17 ministros árabes deram apoio na segunda-feira às emendas propostas pelo governo libanês. Entre elas estão a exigência da trégua e da retirada imediata dos cerca de 10 mil soldados israelenses que estão no sul do país.

O embaixador norte-americano na ONU, John Bolton, chamou a declaração libanesa de "muito positiva" e disse que ele e o embaixador francês na ONU, Jean-Marc de la Sabliere, estão trabalhando em cima das possíveis alterações na proposta, com base no anúncio.

"Temos de ouvir o que está acontecendo lá", disse De la Sabliere a repórteres na terça-feira.





Fonte: Reuters

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