Soldado que matou cabo tinha bebido
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Leovaldo Sales, afirmou que todos os esforços estão sendo realizados para localizar o militar foragido. “Orientamos a família do militar a incentivá-lo a se apresentar no Batalhão”, acrescentou o comandante.
No entendimento de alguns oficiais, o soldado Marques não se apresentou ainda porque espera o fim do período de 24 horas que descaracteriza o flagrante, mas eles alertam que o suspeito poderá ficar preso administrativamente. “Basta o comandante do Batalhão determinar isso”, assegurou um oficial.
O crime foi praticado após uma discussão por motivos fúteis, quando cada um tentava provar que tinha mais cursos de qualificação do que o outro. Por ter porte físico mais avantajado, o soldado teria agredido o cabo com um tapa e ainda o teria ofendido, dizendo-lhe: “você não é homem não”.
Ambos os envolvidos na discussão estavam comemorando o término de mais um curso de qualificação, no qual o cabo foi o instrutor.
Como se trata de um crime militar, será investigado pela Corregedoria Geral da Polícia Militar. Ainda hoje, o corregedor Luiz Cláudio Monteiro designará um oficial para iniciar as investigações.
O assassinato do cabo Ademilton abalou a corporação, principalmente pelo fato dos dois envolvidos não terem rixa anterior, e de apresentar características evidentes de que tenha “sido um crime por motivos fúteis”, explicou um policial lotado no Bope.
O comandante geral confirmou que o desentendimento entre os dois policiais começou durante um churrasco de confraternização pelo término de um curso de qualificação. A discussão acabou quando os colegas interferiram e apartaram os dois, incentivando a ambos a irem para casa.
A situação pareceu se acalmar. O cabo, então, ligou para a esposa informando que iria embora. Mas ao se deslocar até o estacionamento onde deixara sua motocicleta, percebeu que havia esquecido as chaves. Então, retornou ao alojamento e, quando estava próximo da piscina, viu-se novamente frente a frente com o soldado.
“Não vimos nada. Só um tiro e o soldado (Marques) pulando o muro. A gente tinha acabado de sair do banheiro”, explicou um dos três soldados arrolados como testemunhas. O autor do crime estaria armado com um revólver calibre 38, que não pertence à corporação.
Conforme explicou o comandante geral da PM, não é comum policiais estarem armados durante as confraternizações.
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