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Internacional
Terça - 08 de Agosto de 2006 às 09:24

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A produtividade dos trabalhadores americanos registrou desaceleração acentuada no segundo trimestre deste ano, com alta de apenas 1,1%, contra os 4,3% registrados no primeiro trimestre, informou nesta terça-feira o Departamento do Trabalho dos EUA.

Foi o menor resultado desde a queda de 0,1% no quarto trimestre de 2005, período em que a economia sofreu os efeitos da destruição causada pelos furacões que atingiram o sul do país. O dado é mais um sinal do desaquecimento econômico dos EUA observado entre abril e junho.

Outro dado divulgado pelo departamento, no entanto, deve provocar preocupação entre os analistas: o custo por unidade de trabalho teve alta de 4,2% (dado anualizado). O indicador representa um crescimento expressivo em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando houve alta de 2,5%, e foi o maior desde o período de outubro a dezembro de 2004, quando houve alta de 5,1%.

Maior produtividade tem efeito positivo sobre a economia, pois abre espaço para aumentos de salários sem repasse para os preços dos produtos --ou seja, sem criar pressões inflacionárias. No entanto, queda na produtividade com aumento nos custos por unidade de trabalho sinalizam altas na inflação nos próximos meses.

O crescimento de 1,1% na produtividade ficou ligeiramente acima do esperado pelos economistas, 0,9%. O resultado do primeiro trimestre --alta de 4,3%--, por sua vez, é uma revisão para cima do dado informado anteriormente, 3,7%.

A economia americana registrou uma desaceleração significativa no segundo trimestre deste ano, apresentando crescimento de 2,5% (dado anualizado), contra os 5,6% de expansão registrados no primeiro trimestre.

Fed

O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano), Ben Bernanke, disse no mês passado que a desaceleração econômica dos EUA pode contrabalançar as pressões inflacionárias causadas pela alta de preços da energia no país.

O comitê de política monetária do banco se reúne hoje para discutir a taxa de juros nos EUA, hoje em 5,52%. Os analistas se encontram divididos entre a possibilidade de um aumento (o 18º consecutivo), para 5,5%, ou a manutenção da atual taxa.





Fonte: Folha Online

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