Ataques a bomba matam pelo menos 19 pessoas em Bagdá
Os Estados Unidos aumentaram o número de soldados na capital iraquiana para tentar conter a violência sectária, que alimenta temores de uma guerra civil. Mas a campanha pode esbarrar em percalços políticos. O governo do primeiro-ministro Nuri al-Malik prometeu combater as milícias, mas precisa agir com cautela, já que alguns grupos armados xiitas estão ligados a partidos políticos de sua própria coalizão.
Maliki criticou seus aliados norte-americanos após forças dos EUA e do Iraque terem enfrentado guerrilheiros xiitas durante ofensiva contra um suposto esquadrão da morte em Bagdá, na segunda-feira.
"Rejeitamos essa operação, ela foi conduzida sem o acordo do governo e não se encaixa no atual ambiente de reconciliação nacional no país", declarou Maliki na noite de segunda-feira na TV estatal al-Iraqiya.
Fontes policiais disseram que duas pessoas morreram e 18 foram feridas na operação em Sadr City, um reduto do clérigo xiita Moqtada al-Sadr, cujos seguidores fazem parte da coalizão de Maliki.
O Exército norte-americano disse que deu apoio às forças iraquianas para prender "indivíduos envolvidos em atividades de punição e tortura". Um soldados dos EUA ficou ferido.
A nova campanha é uma admissão do fracasso de uma ofensiva de segurança na capital ordenada pelo governo que envolvia milhares de agentes de segurança iraquianos treinados pelos EUA.
A violência tem matado cerca de cem pessoas por dia e minado a confiança do público no novo governo liderado pelos xiitas.
Em outro exemplo da falta de segurança, homens armados invadiram um banco no bairro de Adhamiya, ao norte de Bagdá, e mataram pelo menos cinco pessoas antes de partir com o equivalente a 4 mil dólares.
Maliki apresentou aos iraquianos um plano de reconciliação de 24 pontos que traz muitas promessas, mas poucos detalhes, sobre como ele pretende impedir ataques com os desta terça-feira em Bagdá com bombas à beira da estrada.
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