A família precisa saber exatamente que tipo de conteúdo está sendo exposto
Respeite desde cedo a privacidade do seu filho no Facebook
Criar perfis nas redes sociais para os pequenos já faz parte da vida de muitas mamães orgulhosas. Com o objetivo de montar um histórico da vida da criança e de mostrar as conquistas do filhote para o resto do planeta, virou moda publicar no Facebook. A atitude pode servir para guardar recordações bonitas, mas alguns cuidados precisam ser tomados para não expor exageradamente o pequeno.
De acordo com a psicóloga Andréia Jotta, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas de Psicologia e Informática da PUC-SP, é preciso prevenir que a falta de privacidade se transforme em transtorno para a criança no futuro. Outro cuidado essencial é evitar de montar álbuns com fotos dos pequenos com roupas íntimas, biquíni ou em pose de adulto. A hora do banho ou de dormir deve ficar de fora do mundo virtual, assim como detalhes sobre a rotina da criança. "Os pais precisam entender que o Facebook é público, e mesmo álbuns fechados vão permanecer ali para sempre", explica a psicóloga.
Não existe uma idade ideal para entrar nas redes sociais. Apesar de alguns sites estabelecerem idade mínima para ser o responsável por um perfil, cabe aos pais avaliarem a maturidade do pequeno. Antes dos nove anos, são introduzidos no mundo virtual e normalmente se interessam pelas redes sociais por causa dos jogos. Nesta idade, as crianças não têm maturidade para guardar senhas e administrar suas contas sozinhas. Em vez de proibir a entrada, os pais devem estimular os pequenos a frequentarem o site acompanhados, estando lado a lado para explicar como funciona. É importante criar uma relação de confiança e responder dúvidas quando necessário.
Frequentar as mesmas redes sociais que os filhos e ser amigo das crianças no Facebook é básico para acompanhar as publicações. A família precisa saber exatamente que tipo de conteúdo está sendo exposto. Além disso, é essencial ensinar que o comportamento no mundo virtual deve ser o mesmo que no mundo real. "A educação virtual deve ser a mesma que a presencial, pois o ser humano na rede e fora é o mesmo", explica a psicóloga. Mediar a relação entre as crianças e as redes é a melhor forma de manter a privacidade da criança e da família.
Comentários