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Educação/Vestibular
Terça - 08 de Agosto de 2006 às 06:58

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Segundo o professor de interpretação de textos do Cursinho da Poli, Gilson Costa, na edição mais recente do exame, havia uma questão em que um garoto avistava o pai numa esteira de ginástica e dizia: "talvez esse exercício seja uma metáfora para a vida dele".

O docente ensina que, para compreender essa questão, é necessário dominar o conhecimento de metáfora e associá-lo à atividade realizada na esteira. "Só assim é possível perceber a crítica social nela embutida, ou seja, a de que o menino achava que a vida de seu pai 'não saía do lugar', assim como o exercício naquele aparelho", afirma o professor.

"Nesse caso, ainda é possível identificar uma figura de linguagem: 'a vida do pai não saía do lugar'. Ora, vida é uma palavra abstrata, por isso não há lógica em dizer que ela se move, mas por meio da figura de linguagem é possível utilizar termos como esse para exprimir com mais intensidade o que queremos dizer", conclui Costa.

Aprendendo a interpretar Para complementar os estudos, o professor Gilson Costa oferece algumas dicas para o aluno desenvolver a habilidade de interpretar textos.

Em primeiro lugar ele sugere a leitura de cartoons, tiras e charges de jornais, seguida de visita à exposições que realizam releituras de obras literárias ou mesmo assistir a filmes e peças teatrais que tenham sido adaptados ou baseados em livros.

Estar atualizado sobre temas polêmicos como trabalho infantil, corrupção política, questões étnicas, também contribui muito. O acompanhamento desses e de outros assuntos relevantes pode ser feito via noticiário de Tv, internet, rádio, revistas, e outros. "Mas é essencial fazer uma leitura comparativa, verificando o que cada mídia destaca dentro do mesmo tema".

Praticar a leitura de mapas, gráficos e tabelas, formulando uma resenha - escrever o que entendeu da matéria - ao final de cada leitura.

Treinar o reconhecimento dos recursos metafóricos no cotidiano, observando, por exemplo, a linguagem das propagandas.

Por fim deve-se ter o conhecimento da norma culta da língua portuguesa, variante padrão da língua. Para aqueles que sentem arrepios quando imaginam um livro de gramática, o professor indica o livro A língua de Eulália, de Marcos Bagno, que, segundo ele, orienta e instrui de uma maneira leve e de fácil compreensão.




Fonte: Terra

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