Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Terça - 12 de Fevereiro de 2013 às 17:28

    Imprimir


O ambiente doméstico é cheio de armadilhas para as crianças. Tomadas que podem dar choques, escadas que causam quedas, objetos cortantes, uma cozinha cheia de perigos. Ter uma criança em casa exige acompanhamento a todo momento. Entre as principais motivos que levam os pequenos aos hospitais, mais um fantasma: a intoxicação.

 

A pediatra Regina Maria Catucci Gikas, do Centro de Controle de Intoxicações da Prefeitura do Município de São Paulo, alerta para a cozinha como o lugar mais perigoso da casa - é onde ocorrem 37% das intoxicações, seguida por dormitório (22%) e banheiro (22%). As cores das embalagens são um dos principais atrativos. "Vermelho, rosa e azul são as mais apetitosas, além de laranja, amarelo e branco. Se os comprimidos fossem pretos, as crianças não os comeriam", diz. Um dos grandes inimigos das crianças pode estar em qualquer lugar da casa. Os medicamentos são responsáveis por 43,5% dos casos de intoxicação.

 

Para prevenir esse tipo de acidente, os pais devem tomar alguns cuidados especiais. Nada de colocar aquele remédio em um pote decorado. Ele deve ficar em sua embalagem original - assim como produtos de limpeza, solventes e pesticidas. Isso evita que os adultos se confundam recipientes e acabem entregando o produto errado para a criança. Organização é fundamental e deve fazer parte da rotina desde cedo. "A prevenção se exerce o tempo todo, desde que a criança nasce", afirma a pediatra.

 

Os armários são um grande aliado dos pais na hora de manter tóxicos longe dos filhos. Todos os produtos que representem algum tipo de perigo devem ser guardados separadamente, fora de alcance, em lugares trancados. Ainda que a supervisão constante seja necessária, é bom não arriscar: tirar os olhos das crianças por apenas alguns minutos já o suficiente para que tenham acesso a remédios, venenos e álcool de cozinha. Trancas e cadeados também são aliados na hora de proteger bebidas alcóolicas. Para garantir a segurança, é preciso ir além da supervisão.

 

Medicamentos exigem atenção especial

 

Imagine a cena: seu filho conhece o armário onde estão os biscoitos. Ele sabe que o local fica aberto e que as embalagens que estão disponíveis podem ser consumidas. Até que, em meio aos alimentos, surge uma caixa de comprimidos. Em uma situação assim, é provável que a criança confunda o medicamento com aquilo que ela pode comer. Para evitar o perigo, cada coisa deve ficar no seu lugar. Remédios no armário dos remédios, biscoitos no armário dos biscoitos.

 

A hora de tomar medicamentos também exige precauções. "É importante evitar tomar na frente das crianças, além de não deixá-los no quarto ou na cozinha", recomenda Regina. Falar a verdade na hora de dar remédio ao filho também pode evitar acidentes no futuro. "Nunca se deve enganar dizendo que aquilo é doce ou balinha", diz. Em outra ocasião, o pequeno pode pensar que aquilo realmente é uma guloseima.

 

Em caso de ingestão de um produto tóxico, nada de desespero. Nesses casos, forçar vômitos ou dar leite - duas providências tomadas por muitos pais - pode ser periogoso. A primeira medida deve ser ligar para o Centro de Intoxicações mais próximo. "São 30 centros em todo o Brasil. É importante ter o número de telefone do centro da região em local de fácil acesso", afirma Regina. Ainda assim, é importante lembrar: quem toma as devidas precauções dificilmente vai precisar desse último conselho.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/28453/visualizar/