Ministro da Justiça diz ter "plano de contingência" para SP
"Se se precisar que elas (Forças Armadas) façam uma presença aqui (SP), não só com homens, mas com também equipamentos, viaturas e aeronaves, elas estão à disposição. Nós temos um plano de contingência preparado", disse Thomaz Bastos em um seminário na capital paulista, sem dar detalhes.
"Acredito que se a gente colocasse operações do Exército aqui elas teriam efeito dissuasório muito grande, como teriam tido em maio, em julho e agora", completou.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou nesta manhã que o governo não entregou a ajuda prometida de 100 milhões de reais do Fundo Penitenciário (Fupen) em uma iniciativa para ajudar a conter a crise.
O Ministério da Justiça, através de sua assessoria de imprensa, informou depois que o montante não foi liberado porque o Estado não formalizou o projeto para os gastos. Os 100 milhões de reais seriam usados no serviço de inteligência, na reconstrução de presídios e aquisição de novos equipamentos.
Abreu Filho também afirmou que só aceitaria a oferta das Forças Armadas desde que fossem destinados pelo menos 1.500 soldados por turno para patrulha ostensiva. A oferta do governo é insuficiente, na avaliação do secretário.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse que o Estado continua "desorganizado e com inapetência" para resolver esse tipo de problema e que as autoridades do governo federal e do Estado deveriam parar de brigar entre si.
"Até agora, os órgãos governamentais, tanto estaduais quanto federais, ficaram no discurso, na retórica, pois nenhuma atitude mais positiva e concreta foi tomada", disse Busato, segundo nota no site da OAB.
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