Governo desiste de insistir em Constituinte para reforma política
"O instrumento para nós é secundário. Se [a reforma política] será [aprovada] através de uma mini-Constituinte ou do próprio Congresso não é relevante. O relevante é que a reforma seja feita e institua regras como a fidelidade partidária e o financiamento público de campanha", disse Genro.
O comentário do ministro foi uma resposta à decisão do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que rejeitou hoje a proposta de convocação de uma Assembléia Constituinte para discutir a reforma política. Para a OAB, a medida só seria apropriada em caso de ruptura institucional, "o que não é o caso". Partidos de oposição também condenaram a idéia.
O PDT chegou a acusar o presidente de querer dar um golpe, já que é mais fácil aprovar uma matéria via Assembléia Constituinte, que necessita de um quórum menor, do que por uma emenda constitucional. Genro disse que a defesa da OAB de aprovação da reforma converge com a do governo.
O ministro disse que a posição da OAB não se choca com a do governo, pois a entidade também coloca a reforma política como uma necessidade. "A OAB vai pressionar o Congresso a fazer a reforma. A decisão que a entidade tomou é importante porque é um elemento viabilizador de pressão da sociedade sobre o Parlamento", disse.
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