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Nacional
Segunda - 07 de Agosto de 2006 às 16:28

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O consumo de energia no país avançou 3,1 por cento no primeiro semestre, abaixo da expansão de 5,6 por cento no primeiro semestre de 2005, em decorrência do fraco desempenho do setor industrial, informou na segunda-feira a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

O consumo da indústria nos primeiros seis meses do ano subiu 2 por cento, enquanto o consumo residencial cresceu 3,5 por cento e o comercial, 4,3 por cento.

A produção da indústria no primeiro trimestre havia atingido 2,6 por cento, acima do consumo do setor, que foi de 2 por cento.

"Não é comum a produção ficar acima do consumo. Alguns fatores podem explicar isso. Parece que está havendo um aumento de eficiência energética no setor pelo fato de estar havendo paulatinamente uma redução de subsídio cruzado", afirmou a jornalistas o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

"O consumidor residencial tinha uma tarifa mais elevada para subsidiar o consumidor industrial", completou.

No primeiro trimestre, o consumo de energia cresceu 4,5 por cento e no segundo trimestre, 1,7 por cento.

O presidente da EPE explicou que esse consumo menor de um trimestre para o outro se deve a temperaturas mais amenas entre abril e junho deste ano frente ao mesmo período do ano passado; à desaceleração da produção da indústria; às paralisações pela Copa do Mundo; às paradas técnicas em algumas indústrias eletrointensivas; e à crise agrícola no Sul do país.

"O baixo resultado no segundo trimestre não deve se repetir no segundo semestre. A atividade industrial deve ser melhor agora no segundo semestre", disse Tolmasquim.

A projeção da EPE é de que o consumo de energia neste ano cresça entre 4,4 e 5 por cento, com o PIB brasileiro avançando entre 4 e 4,5 por cento.

Em 2005, o mercado de energia cresceu 4,6 por cento, ao passo que a economia avançou 2,3 por cento.

SECA NO SUL

O presidente da EPE garantiu que não haverá racionamento no Sul do país, embora a região esteja sofrendo a pior seca dos últimos 70 anos.

"Não haverá racionamento, porque os reservatórios do Sudeste estão cheios e temos linhas de transmissão suficientes", afirmou.

O Sudeste está enviando em média 5,2 mil megawatts de energia para o Sul, equivalentes a 65 por cento do consumo da região.





Fonte: Terra

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