Leonardo na liderança do Governo é um equívoco, avalia cientista político
Segundo o analista, caso Mauro nomeasse um líder do PSB, colocaria fim em 2 situações consideradas polêmicas. Primeiramente, fortalecendo o partido e, de quebra, colocando um ponto final nos desentendimentos que iniciou com os colegas socialistas durante a eleição da Mesa Diretora. Ainda conforme João Edisom, Mauro continua atuando como empresário e, para ele, prova maior disso, é que sequer escolheu um líder de sua legenda. “Criou caso até com vereadores que deveriam ser seus aliados. Ficou muito ruim pra ele, porque após a nomeação de alguém do PTB, ele tornou público a divisão que há entre Executivo e Câmara”, explicou.
O principal ingrediente que faltou na articulação, segundo João Edisom, foi coordenação política. Para o professor, a situação do Mauro, que já era complicada pelo fato de ser brigado com o presidente estadual do partido, deputado Valtenir Pereira e com os vereadores que deveriam lhe dar respaldo na Câmara, ficou pior ainda. Ele também ressalta que não vê ligação com o PTB que justifique a escolha. “O relacionamento do Mauro Mendes com a Câmara já começou ruim e tende ficar assim. Ele tem 3 vereadores do partido dele e nomeou um do PTB, sendo que a legenda assumiu postura independente e não foi da base aliada dele durante a campanha”, considerou.
Leonardo foi anunciado por Mauro como líder na última segunda (4). O anúncio foi feito pelo secretário de Governo Fábio Garcia, no Palácio Alencastro. Na ocasião, alegou que os critérios utilizados para escolha foram capacidade técnica, tamanho de bancada e bom trânsito entre os parlamentares.O vereador Chico 2000 (PR), no mesmo ato, foi anunciado como vice-líder na Câmara. “Não foi uma escolha fácil. O Leonardo representa a maior bancada, e o Chico a experiência por se tratar de um vereador com 3 mandatos e ser conhecedor de leis”, disse Garcia.
Em seu primeiro discurso na tribuna como líder, Leonardo pediu trégua aos colegas parlamentares, alegando que o prefeito precisa conhecer, de fato, a real situação da prefeitura. Pregando um discurso “paz e amor”, o vereador ainda solicitou que “questões políticas” e “picuinhas” não influenciem o relacionamento, alegando que defende mais bom-senso, diálogo ou simplesmente respeito ao período que Mauro tem para conhecer a situação na Capital, denominada por ele como “sábia quarentena”.
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