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Nasrallah ganha árabes diante da falta de líderes carismáticos
O chefe do movimento xiita libanês Hisbolá, Hassan Nasrallah, que se tornou o atual "inimigo número um" de Israel, está conquistando os árabes que desde os tempos de Gamal Abdel Nasser sentem falta de um líder carismático.
Se em sua época Nasser representou o nacionalismo árabe laico que tomou o poder em grande parte dos países da região no início das independências, Nasrallah (cujo nome significa "vitória de Alá") é um clérigo que construiu sua legitimidade na base do nacionalismo e do Islã.
Em alguns países, como Síria e Irã, Nasrallah se tornou um ídolo cujo rosto - com seu inseparável turbante preto - aparece estampado em camisas e grandes cartazes vendidos no mercado de Damasco.
Manifestantes em Cairo, Amã e Bagdá têm exposto imagens de Nasrallah como a de um verdadeiro herói.
Outro árabe famoso, o saudita Osama bin Laden, também teve seu momento de glória, mas seus métodos terroristas provocaram uma rejeição na maior parte do mundo árabe, ao contrário de Nasrallah e do movimento Hisbolá, vistos entre os árabes como um grupo que pratica uma resistência legítima contra Israel.
"Nasrallah me lembra muito Gamal Abdel Nasser, fala com brilho, como Nasser, e nos faz sentir que os árabes ainda têm algum peso no mundo", disse o motorista egípcio Abdallah al Sayed.
O sírio Samer Abdulah, que tem uma confeitaria enfeitada com a bandeira do Hisbolá em Damasco, diz que "Nasrallah é como Saladino, que libertou Jerusalém da ocupação dos cruzados. Com a ajuda de Deus, também libertará a terra hoje ocupada por Israel".
No Iraque, na Jordânia e no Líbano, as demonstrações de apoio a Nasrallah se repetem, ao contrário dos líderes árabes, a maioria sunitas e intimidados por que tem as credenciais de um clérigo xiita.
"Hassan Nasrallah nos devolveu a dignidade com a batalha sagrada que trava em nome da Nação Árabe, mas, infelizmente, nossos governantes não estão à altura", lamenta o iraquiano Hayder Abduljalil.
"O Hisbolá representa a luz no fim do túnel. Esta nova geração de muçulmanos cheios de fé no Corão merece todo nosso apoio, e é nossa obrigação dá-lo", disse o engenheiro jordaniano Khaled Humaidi.
Os árabes, que sofreram derrotas consecutivas para Israel, vêem com admiração Nasrallah e os milicianos do Hisbolá resistindo aos ataques de Israel por mais de três semanas, e levando a guerra e o medo ao território israelense.
O egípcio Akram al Huseini, que dirige uma organização européia de promoção comercial, também se diz admirador de Nasrallah, um homem que "não é corrupto, sabe falar às mentes e aos corações, e é o único que representa o orgulho árabe, adormecido e atemorizado há anos por sua servidão ao Ocidente".
No entanto, Al Huseini destaca que Nasrallah também tem o mesmo defeito de Nasser: por se transformar em um símbolo dos árabes, faz com que seus compatriotas paguem o preço, pois os libaneses vêem seu país retroceder a um cenário de 20 anos atrás, assim como aconteceu com o Egito de Nasser.
Se em sua época Nasser representou o nacionalismo árabe laico que tomou o poder em grande parte dos países da região no início das independências, Nasrallah (cujo nome significa "vitória de Alá") é um clérigo que construiu sua legitimidade na base do nacionalismo e do Islã.
Em alguns países, como Síria e Irã, Nasrallah se tornou um ídolo cujo rosto - com seu inseparável turbante preto - aparece estampado em camisas e grandes cartazes vendidos no mercado de Damasco.
Manifestantes em Cairo, Amã e Bagdá têm exposto imagens de Nasrallah como a de um verdadeiro herói.
Outro árabe famoso, o saudita Osama bin Laden, também teve seu momento de glória, mas seus métodos terroristas provocaram uma rejeição na maior parte do mundo árabe, ao contrário de Nasrallah e do movimento Hisbolá, vistos entre os árabes como um grupo que pratica uma resistência legítima contra Israel.
"Nasrallah me lembra muito Gamal Abdel Nasser, fala com brilho, como Nasser, e nos faz sentir que os árabes ainda têm algum peso no mundo", disse o motorista egípcio Abdallah al Sayed.
O sírio Samer Abdulah, que tem uma confeitaria enfeitada com a bandeira do Hisbolá em Damasco, diz que "Nasrallah é como Saladino, que libertou Jerusalém da ocupação dos cruzados. Com a ajuda de Deus, também libertará a terra hoje ocupada por Israel".
No Iraque, na Jordânia e no Líbano, as demonstrações de apoio a Nasrallah se repetem, ao contrário dos líderes árabes, a maioria sunitas e intimidados por que tem as credenciais de um clérigo xiita.
"Hassan Nasrallah nos devolveu a dignidade com a batalha sagrada que trava em nome da Nação Árabe, mas, infelizmente, nossos governantes não estão à altura", lamenta o iraquiano Hayder Abduljalil.
"O Hisbolá representa a luz no fim do túnel. Esta nova geração de muçulmanos cheios de fé no Corão merece todo nosso apoio, e é nossa obrigação dá-lo", disse o engenheiro jordaniano Khaled Humaidi.
Os árabes, que sofreram derrotas consecutivas para Israel, vêem com admiração Nasrallah e os milicianos do Hisbolá resistindo aos ataques de Israel por mais de três semanas, e levando a guerra e o medo ao território israelense.
O egípcio Akram al Huseini, que dirige uma organização européia de promoção comercial, também se diz admirador de Nasrallah, um homem que "não é corrupto, sabe falar às mentes e aos corações, e é o único que representa o orgulho árabe, adormecido e atemorizado há anos por sua servidão ao Ocidente".
No entanto, Al Huseini destaca que Nasrallah também tem o mesmo defeito de Nasser: por se transformar em um símbolo dos árabes, faz com que seus compatriotas paguem o preço, pois os libaneses vêem seu país retroceder a um cenário de 20 anos atrás, assim como aconteceu com o Egito de Nasser.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/284738/visualizar/
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