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Grampo envolve procurador-geral de Rondônia
Grampos telefônicos feitos com autorização da judicial implicam o atual procurador-geral de Justiça de Rondônia, Abdiel Ramos Figueira, e mostram vazamento de sessão secreta do TJ (Tribunal de Justiça) em benefício do esquema criminoso, acusado de desviar mais de R$ 70 milhões dos cofres públicos.
Deflagrada na sexta-feira em Porto Velho, a operação Dominó, da Polícia Federal, culminou na prisão do presidente do TJ, do ex-procurador-geral de Justiça e do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia.
Entre os presos estão Carlão de Oliveira (PSL), presidente da Assembléia, Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ, o ex-procurador-geral de Justiça e atual procurador José Carlos Vitachi, o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson de Souza Silva e o ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice-governador pelo PPS, na chapa do governador Ivo Cassol, Carlos Magno Ramos.
Ontem, a Folha teve acesso a gravações de ligações telefônicas que mostram como funcionava o esquema de trocas de favores entre a Assembléia Legislativa, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.
Em setembro de 2005, foram presos os assessores parlamentares Marlon Sérgio Lustosa Jungles, cunhado do presidente da Assembléia, Haroldo Augusto Filho, filho do deputado Haroldo Santos (PP) e Moisés José Ribeiro de Oliveira, irmão de Carlão e um dos organizadores do esquema.
Em novembro, o ex-procurador-geral de Justiça José Carlos Vitachi teria negociado com Carlão de Oliveira para que a Assembléia aumentasse salários de procuradores e criasse mais vagas na Procuradoria.
Em troca seriam liberados os três presos. No mês seguinte a liberação foi aprovada, contrariando pareceres anteriores do TJ e do Ministério Público, pelo ex-presidente do TJ, Valter de Oliveira. Em um outro telefonema interceptado, foi anunciada a aprovação do pedido de aumento para juízes e desembargadores.
Outro lado
O procurador-geral de Justiça de Rondônia, Abdiel Ramos Figueira, disse anteontem estar tranqüilo e negou "qualquer envolvimento nos atos praticados em Rondônia". Ele atribuiu a crise no Estado, em que os Três Poderes foram atingidos por denúncias de corrupção e prisão de autoridades, ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele negou que a conversa captada pelos grampos fosse sobre troca de favores. "Eu disse que estava cumprido tudo que havia prometido. Minha promessa à Assembléia é que não iria fazer execração pública com as decisões do Ministério Público."
Segundo Figueira, em setembro de 2005 ele conseguiu o afastamento do presidente da Casa, Carlão de Oliveira (PSL). Para ele, as negociações com a Assembléia foram normais.
O advogado do ex-chefe da Casa Civil Carlos Magno Ramos, França Guedes, disse ontem que ele tem um filho, Bruno, que "é realmente funcionário da Assembléia", mas está em Brasília (DF) para tratamento médico. "Ele brincou ao falar que o salário do filho era para pagar a pensão das ex-mulheres", disse.
Deflagrada na sexta-feira em Porto Velho, a operação Dominó, da Polícia Federal, culminou na prisão do presidente do TJ, do ex-procurador-geral de Justiça e do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia.
Entre os presos estão Carlão de Oliveira (PSL), presidente da Assembléia, Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ, o ex-procurador-geral de Justiça e atual procurador José Carlos Vitachi, o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson de Souza Silva e o ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice-governador pelo PPS, na chapa do governador Ivo Cassol, Carlos Magno Ramos.
Ontem, a Folha teve acesso a gravações de ligações telefônicas que mostram como funcionava o esquema de trocas de favores entre a Assembléia Legislativa, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.
Em setembro de 2005, foram presos os assessores parlamentares Marlon Sérgio Lustosa Jungles, cunhado do presidente da Assembléia, Haroldo Augusto Filho, filho do deputado Haroldo Santos (PP) e Moisés José Ribeiro de Oliveira, irmão de Carlão e um dos organizadores do esquema.
Em novembro, o ex-procurador-geral de Justiça José Carlos Vitachi teria negociado com Carlão de Oliveira para que a Assembléia aumentasse salários de procuradores e criasse mais vagas na Procuradoria.
Em troca seriam liberados os três presos. No mês seguinte a liberação foi aprovada, contrariando pareceres anteriores do TJ e do Ministério Público, pelo ex-presidente do TJ, Valter de Oliveira. Em um outro telefonema interceptado, foi anunciada a aprovação do pedido de aumento para juízes e desembargadores.
Outro lado
O procurador-geral de Justiça de Rondônia, Abdiel Ramos Figueira, disse anteontem estar tranqüilo e negou "qualquer envolvimento nos atos praticados em Rondônia". Ele atribuiu a crise no Estado, em que os Três Poderes foram atingidos por denúncias de corrupção e prisão de autoridades, ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele negou que a conversa captada pelos grampos fosse sobre troca de favores. "Eu disse que estava cumprido tudo que havia prometido. Minha promessa à Assembléia é que não iria fazer execração pública com as decisões do Ministério Público."
Segundo Figueira, em setembro de 2005 ele conseguiu o afastamento do presidente da Casa, Carlão de Oliveira (PSL). Para ele, as negociações com a Assembléia foram normais.
O advogado do ex-chefe da Casa Civil Carlos Magno Ramos, França Guedes, disse ontem que ele tem um filho, Bruno, que "é realmente funcionário da Assembléia", mas está em Brasília (DF) para tratamento médico. "Ele brincou ao falar que o salário do filho era para pagar a pensão das ex-mulheres", disse.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/284741/visualizar/
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