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Cidades/Geral
Segunda - 07 de Agosto de 2006 às 08:06

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A mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool do que os homens. Vários estudos têm mostrado esta predominância, porém sem determinar a causa exata. Sabe-se que as mulheres possuem níveis menores de uma enzima conhecida como desidrogenase lática. Esta enzima é responsável pela "digestão" do álcool, diminuindo a quantidade do produto que chegará à corrente sangüínea.

Por isso que a maioria das mulheres sente os efeitos do álcool com menor quantidade ingerida do que as pessoas do sexo masculino.

No caso da ingestão durante a gravidez, se uma mulher tem no sangue um nível alcoólico de 0,45%, apresenta uma intoxicação leve. Caso tivesse 0,45% de álcool no sangue pesando 63 quilos, estaria praticamente em coma.

É esta proporção que se estuda quando se fala de feto de mães alcoólatras, já que se calcula o teor alcoólico com base no peso do feto.

A pesquisadora Christy Ulleland desenvolveu um estudo em bebês de mães alcoólatras e concluiu que todos eles tinham defeitos semelhantes. Eram menores e pesavam menos que os demais bebês.

A esse problema ela denominou Fetal Alcohol Syndrome (Síndrome Fetal do Alcoolismo-SFA).

Existem outras diferenças entre os bebês normais e os demais atingidos pela síndrome do alcoolismo.

No caso de uma criança subnutrida, por exemplo, ela atinge o tamanho de uma outra saudável por volta dos quatro anos de idade, enquanto um bebê filho de mãe alcoólatra, atingido pela SFA, alcança apenas dois terços da média normal.

O peso fica situado em torno de 50% da média e sua estatura será menor por toda a vida.

A psicóloga e assistente social Marimar Michels lembra que a síndrome que afeta as crianças, filhos de mães alcoólatras e drogatícios, se manifesta 48 horas após o parto, com febre, irritabilidade, musculatura enrijecida, insuficiência respiratória. convulsões.

Dependendo da gravidade, pode levar à morte.

A psicóloga, que atua em instituição de amparo a crianças em situação de risco em Cuiabá, confirma que em casos de mães alcoólatras, além da predisposição biológica, o ambiente de bares que freqüentam acabam interferindo diretamente a formação dos filhos e induzindo-os ao vício.

As crianças acabam se tornando produto do meio em que vivem. Nas famílias desestruturadas pelo álcool, é comum mãe e pai fazerem uso da bebida. Em muitos casos as mulheres alcoólatras vivem sozinhas com os filhos, sem a presença de companheiros. (SR)





Fonte: Gazeta Digital

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