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Polícia Brasil
Segunda - 07 de Agosto de 2006 às 06:48

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Uma festa de confraternização entre policiais militares acabou em tragédia neste fim de semana. O cabo Ademilton José Lopes Chuina, 36, foi morto com um tiro a queima-roupa no rosto pelo colega de profissão, Benedito Marques da Silva, que está foragido. O crime aconteceu no final da tarde de sábado, dentro do pátio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), na estrada que dá acesso ao distrito de Nossa Senhora da Guia, em Cuiabá.

Os policiais estavam reunidos comemorando o fim do curso de capacitação, quando os dois colegas tiveram uma briga. A discussão teve início quando ambos começaram a disputar quem tinha mais cursos e era mais qualificado. Os dois estavam na polícia há muito tempo e eram policiais experientes. A vítima, Ademilton, fazia parte da corporação há 16 anos. Já Benedito tinha 18 anos de carreira.

O clima ficou tenso entre os dois. De acordo com informações de testemunhas, Ademilton chegou a dar um tapa no soldado Benedito. Os colegas tentaram amenizar a briga e aconselharam que ambos fossem embora. Foi o que Ademilton fez. Mas quando chegou até a moto dele, percebeu que havia esquecido a chave. Quando retornou, Benedito já estava com a arma na mão. Após atirar, o acusado fugiu a pé.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Leovaldo Salles, admitiu, durante uma entrevista coletiva, que ambos haviam bebido durante a festa. Salles também explicou que não é comum os policiais estarem armados durante as confraternizações. "Eu penso que a arma já devia estar na própria unidade", afirmou.

Também não é de conhecimento dos colegas que Ademilton e Benedito tivessem alguma rixa anterior.

Apesar das intensas buscas realizadas pela polícia para tentar localizar Benedito, até o fechamento desta edição, o acusado não havia sido encontrado.

As buscas devem continuar e o crime será investigado. O Inquérito Policial Militar (IPM) deverá ficar pronto em 30 dias e o caso será julgado pela própria polícia.

O corpo da vítima foi velado durante todo o domingo em uma funerária da Capital. O clima no velório era de revolta. Familiares de Ademilton contam que ele não era de guardar mágoa de ninguém e por isso já estava indo embora.





Fonte: Gazeta Digital

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