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Nacional
Segunda - 07 de Agosto de 2006 às 03:36

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A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) vão solicitar hoje o afastamento imediato do procurador-geral de Justiça de Rondônia, Abdiel Ramos Figueira, flagrado em escuta telefônica negociando benefícios para esquema que teria desviado cerca de R$ 70 milhões dos cofres públicos no Estado, com envolvimento de juízes, procuradores, desembargadores, promotores, parlamentares e membros do Executivo.

As investigações contra Figueira integram a Operação Dominó da Polícia Federal, que na sexta-feira prendeu o presidente da Assembléia Legislativa, Carlão de Oliveira (PSL), Carlos Magno Ramos (PPS), ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice do atual governador, Ivo Cassol (PPS), o presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Teixeira Chaves, e o procurador de Justiça José Carlos Vitachi. Todos tiveram o pedido de habeas corpus negados ontem pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, na gravação em poder da PF o procurador-geral Abdiel Ramos Figueira, conversa com seu chefe de gabinete, o promotor Heverton Aguiar, sobre a votação de aumento de servidores pela Assembléia Legislativa. Aguiar afirma para Figueira que os deputados exigem garantias, para aprovar o tema, de que o Ministério Público não iria tomar medidas contra os parlamentares até a realização das eleições.

Figueira garante ao interlocutor que um mandado de busca e apreensão cumprido pela PF na Assembléia não tinha sido solicitado pelo Ministério Público. "Essa história de busca e apreensão não fomos nós. Claro que não". Gabinetes de deputados foram alvo de mandado de busca no dia da votação do reajuste - foram aprovados o aumento de 5% para o Ministério Público e de 10% para o Tribunal de Contas.




Fonte: Terra

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