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Internacional
Domingo - 06 de Agosto de 2006 às 23:03

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A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, avisou neste domingo que a violência vai continuar "por um tempo" no Oriente Médio, mesmo se for aprovada uma resolução na ONU para pôr fim ao conflito entre Israel e o Hezbollah.

"Estamos tentando resolver um problema que foi alimentado durante anos e anos, e que não poderá ser solucionado apenas com uma resolução do Conselho de Segurança", disse Rice em entrevista coletiva em Crawford, Texas, onde o presidente George W. Bush tem um rancho.

Rice disse esperar que o Conselho de Segurança aprove segunda ou terça-feira a resolução que pede o fim das hostilidades entre Israel e o Hezbollah, mas avisou que isso "é apenas o primeiro passo" para acabar com o conflito, que já deixou mais de 1.000 mortos.

"Espero que seja rápido o fim das grandes operações militares", para permitir o envio de uma força internacional ao sul do Líbano, declarou.

Rice também procurou responder às preocupações do Líbano, que rejeitou o projeto de resolução apresentado por França e Estados Unidos ao Conselho de Segurança.

"Ninguém quer ver Israel ficando permanentemente no Líbano. Nem Israel, nem o Líbano querem isso, o que me faz pensar que existe um acordo para progredir", disse Rice, diante dos pedidos do Líbano de incluir na resolução a retirada das tropas israelenses de seu território.

Para Rice, as discussões sobre o projeto de resolução franco-americano no Conselho de Segurança foram "boas". O texto "inclui elementos solicitados pelos israelenses e outros que queriam os libaneses, mas não se pode dar às partes tudo o que pedem".

A secretária de Estado advertiu que "as milícias do Hezbollah devem ser desmanteladas".

Rice ainda disse que seu país "pedirá a qualquer um que tenha influência sobre as partes envolvidas que insistam na importância de aproveitar esta oportunidade".

A secretária de Estado adiantou que haverá uma segunda resolução, que definirá as modalidades da força internacional que será enviada ao sul do Líbano, uma área em que, segundo ela, existe "um vácuo" de autoridade que permite as operações do Hezbollah.

De acordo com o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley, Washington deseja que essa resolução seja aprovada "em dias, não em semanas". "Quanto mais rápido a força for mobilizada, melhor".





Fonte: AFP

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