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Rebeldes do Sri Lanka chamam bombardeio de declaração de guerra
Rebeldes do Sri Lanka disseram neste domingo que o bombardeio do governo ao território dos Tigres de Libertação do Tâmil Eelam representava uma declaração de guerra, mas que eles ainda não haviam decidido se retaliariam.
A declaração rebelde aconteceu no mesmo dia em que agentes humanitários locais, que levavam auxílio a áreas atingidas pelo tsunami de 2004, foram encontrados executados em uma cidade na região dos conflitos.
O líder da ala política dos Tigres afirmou à Reuters que eles não haviam ainda reagido ao ataque de artilharia e foguetes do governo desde a retomada dos confrontos há 12 dias, mas que poderiam retaliar se o bombardeio continuasse.
"Consideramos isso uma declaração de guerra e condenamos enfaticamente essa atitude do governo", declarou S.P. Thamilselvan, por intermédio de um tradutor e via um telefone via satélite. Ele falava do reduto rebelde de Kilinochchi.
"Nós talvez tenhamos que tomar uma posição defensiva se o bombardeio continuar. Isso não está decidido ainda", acrescentou o líder. Ele afirmou que há possibilidade para negociações enquanto o enviado especial norueguês pela paz, Jon Hanssen-Bauer, estiver em Kilinochchi. A expectativa é que ele deixe a região na segunda-feira.
Mais de 800 pessoas já foram mortas neste ano durante ataques e confrontos militares, e mais dezenas morreram desde que os conflitos se intensificaram há duas semanas.
Uma página na Internet de apoio aos rebeldes acusam as forças do governo pelas mortes dos agentes humanitários em Mutur. Os combates no lugar já resultaram na fuga da maior parte da população. O Consórcio de Agências Humanitárias afirmaram não saber quem executou os agentes.
Os Tigres do Tâmil estão furiosos com o fato de o governo ter rejeitado a reivindicação rebelde por um território separado para os tâmis no norte e no leste do país.
O governo insiste que está comprometido com a trégua de 2002, mas analistas temem que novos confrontos possam vir a ocorrer.
BOMBARDEIO
A artilharia do Sri Lanka disparou contra o território dos Tigres do Tâmil horas depois de os rebeldes aceitarem reabrir uma comporta que controla o abastecimento de água para uma região fiel ao governo.
O fechamento da represa no mês passado levou à primeira batalha campal desde o cessar-fogo de 2002.
Os Tigres afirmaram que reabririam a comporta, mas, assim que o líder da missão que monitora a trégua, o general sueco Ulf Henricsson, se dirigiu à represa sul, no porto de Trincomalee, a artilharia do Sri Lanka abriu fogo.
"(O governo) tem a informação de que os Tigres fizeram essa oferta", afirmou Tommy Lekenmyr, da Missão de Monitoramento do Sri Lanka, que não porta armas.
"Está óbvio que eles não estão interessados em água, e sim em alguma outra coisa. Vamos culpar o governo por isso."
"Os Tigres devem deixar a área e permitir a presença dos engenheiros de irrigação", disse à Reuters Palitha Kohona, da agência de paz do governo. "Os Tigres causaram uma situação caótica com as suas ações ilegais."
Neste domingo, mais cedo, após uma reunião com o enviado pela paz Hanssen-Bauer, Thamilselvan afirmou que os rebeldes liberariam a represa se os combates cessassem e o governo aumentasse a ajuda para as áreas rebeldes.
Horas depois, uma testemunha da Reuters viu e ouviu os disparos da artilharia contra o território rebelde. A fumaça tomou então parte do horizonte, e o chão tremeu.
A declaração rebelde aconteceu no mesmo dia em que agentes humanitários locais, que levavam auxílio a áreas atingidas pelo tsunami de 2004, foram encontrados executados em uma cidade na região dos conflitos.
O líder da ala política dos Tigres afirmou à Reuters que eles não haviam ainda reagido ao ataque de artilharia e foguetes do governo desde a retomada dos confrontos há 12 dias, mas que poderiam retaliar se o bombardeio continuasse.
"Consideramos isso uma declaração de guerra e condenamos enfaticamente essa atitude do governo", declarou S.P. Thamilselvan, por intermédio de um tradutor e via um telefone via satélite. Ele falava do reduto rebelde de Kilinochchi.
"Nós talvez tenhamos que tomar uma posição defensiva se o bombardeio continuar. Isso não está decidido ainda", acrescentou o líder. Ele afirmou que há possibilidade para negociações enquanto o enviado especial norueguês pela paz, Jon Hanssen-Bauer, estiver em Kilinochchi. A expectativa é que ele deixe a região na segunda-feira.
Mais de 800 pessoas já foram mortas neste ano durante ataques e confrontos militares, e mais dezenas morreram desde que os conflitos se intensificaram há duas semanas.
Uma página na Internet de apoio aos rebeldes acusam as forças do governo pelas mortes dos agentes humanitários em Mutur. Os combates no lugar já resultaram na fuga da maior parte da população. O Consórcio de Agências Humanitárias afirmaram não saber quem executou os agentes.
Os Tigres do Tâmil estão furiosos com o fato de o governo ter rejeitado a reivindicação rebelde por um território separado para os tâmis no norte e no leste do país.
O governo insiste que está comprometido com a trégua de 2002, mas analistas temem que novos confrontos possam vir a ocorrer.
BOMBARDEIO
A artilharia do Sri Lanka disparou contra o território dos Tigres do Tâmil horas depois de os rebeldes aceitarem reabrir uma comporta que controla o abastecimento de água para uma região fiel ao governo.
O fechamento da represa no mês passado levou à primeira batalha campal desde o cessar-fogo de 2002.
Os Tigres afirmaram que reabririam a comporta, mas, assim que o líder da missão que monitora a trégua, o general sueco Ulf Henricsson, se dirigiu à represa sul, no porto de Trincomalee, a artilharia do Sri Lanka abriu fogo.
"(O governo) tem a informação de que os Tigres fizeram essa oferta", afirmou Tommy Lekenmyr, da Missão de Monitoramento do Sri Lanka, que não porta armas.
"Está óbvio que eles não estão interessados em água, e sim em alguma outra coisa. Vamos culpar o governo por isso."
"Os Tigres devem deixar a área e permitir a presença dos engenheiros de irrigação", disse à Reuters Palitha Kohona, da agência de paz do governo. "Os Tigres causaram uma situação caótica com as suas ações ilegais."
Neste domingo, mais cedo, após uma reunião com o enviado pela paz Hanssen-Bauer, Thamilselvan afirmou que os rebeldes liberariam a represa se os combates cessassem e o governo aumentasse a ajuda para as áreas rebeldes.
Horas depois, uma testemunha da Reuters viu e ouviu os disparos da artilharia contra o território rebelde. A fumaça tomou então parte do horizonte, e o chão tremeu.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/284855/visualizar/
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