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Internacional
Domingo - 06 de Agosto de 2006 às 15:26

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Um foguete do Hizbollah matou 12 soldados israelenses, e bombas de Israel mataram 19 civis libaneses no domingo, após o Líbano rejeitar uma proposta do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para colocar um fim aos combates que já duram 26 dias.

Mais foguetes de Hizbollah foram lançados ao norte de Israel, na cidade de Haifa, matando pelo menos uma pessoas e ferindo muitas outras, disseram médicos.

Os soldados israelenses foram mortos e pelo menos nove pessoas foram feridas quando um foguete atingiu um grupo de reservistas no vilarejo de Kfar Giladi, no mais mortal ataque com míssil do Hizbollah na guerra.

Soldados perto do local do ataque seguravam seus rostos em sinal de desespero e um chorava durante a passagem de uma ambulância. Helicópteros pousaram em uma área próxima para levar os gravemente feridos a hospitais distantes do fronte de guerra.

Botas manchadas de sangue estavam perto de uma parede. Padiolas estavam no chão cobertas de sangue. Uma autoridade local olhou para os corpos, alguns cobertos por mantas, e balançou a cabeça em sinal de descrença.

"Eu não me lembro de tantos mortos. Isso é terrível", disse Ron Valensi, diretor do conselho municipal da Galiléia e morador de Kfar Giladi, ao Canal 2 de televisão.

O exército de Israel confirmou que reservistas convocados morreram, mas não informou quantos. Médicos e a mídia israelense definiram o saldo de mortos em 12.

O Hizbollah, apoiado pela Síria e o Irã, matou 56 soldados israelenses e 33 civis no conflito, iniciado quando militantes sequestraram dois soldados israelenses em um ataque ocorrido em 12 de julho.

O saldo de mortos neste domingo foi o maior sofrido por Israel desde que um foguete matou em 16 de julho oito ferroviários na cidade de Haifa, norte do país.

Pelo menos 746 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo cinco que morreram quando ataques aéreos atingiram a vila xiita de Ansar durante a noite.

O presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berri, disse que seu país rejeitou a proposta franco-americana para encerramento dos conflitos porque o texto permite que tropas israelenses permaneçam em território libanês.

Berri, um político xiita que tem atuado como principal canal entre o Hizbollah e o primeiro-ministro, Fouad Siniora, disse que a proposta ignora o plano de sete pontos do governo de Beirute que pede cessar-fogo, retirada de tropas de Israel e retorno de todas os moradores que fugiram de suas casas no conflito.

"O Líbano rejeita qualquer resolução que esteja fora destes sete pontos", disse Berri em entrevista coletiva.

O exército israelense informou no domingo que capturou um dos integrantes do Hizbollah que participou do sequestro dos soldados.





Fonte: Reuters

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