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Nacional
Domingo - 06 de Agosto de 2006 às 12:12

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Ligações telefônicas interceptadas por determinação judicial mostram como organização criminosa que envolvia os três Poderes de Rondônia operava para troca de favores e liberação de presos. A Operação Dominó, deflagrada anteontem em Porto Velho (RO), culminou na prisão do presidente do TJ (Tribunal de Justiça), do ex-procurador-geral de Justiça e do presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia.

Entre os presos estão Carlão de Oliveira (PSL), presidente da Assembléia, Sebastião Teixeira Chaves, presidente do TJ, o ex-procurador-geral de Justiça e atual procurador José Carlos Vitachi, o juiz José Jorge Ribeiro da Luz, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Edilson de Souza Silva e o ex-chefe da Casa Civil e candidato a vice-governador pelo PPS, na chapa do governador Ivo Cassol, Carlos Magno Ramos.

Ontem, a Folha teve acesso a gravações de ligações telefônicas que mostram como funcionava o esquema de trocas de favores entre a Assembléia Legislativa, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.

Em setembro de 2005, foram presos os assessores parlamentares Marlon Sérgio Lustosa Jungles, cunhado do presidente da Assembléia, Haroldo Augusto Filho, filho do deputado Haroldo Santos (PP) e Moisés José Ribeiro de Oliveira, irmão de Carlão e um dos organizadores do esquema.

Em novembro, o ex-procurador-geral de Justiça José Carlos Vitachi negociou com Carlão de Oliveira para que a Assembléia aumentasse salários de procuradores e criasse mais vagas na Procuradoria.

Em troca seriam liberados os três presos. No mês seguinte a liberação foi aprovada, contrariando pareceres anteriores do TJ e do Ministério Público, pelo ex-presidente do TJ, Valter de Oliveira. Em um outro telefonema interceptado, foi anunciada a aprovação do pedido de aumento para juízes e desembargadores.





Fonte: Agência Folha

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