Repórter News - reporternews.com.br
Lula critica o Congresso e diz que sistema está apodrecido
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pelo PT, disse ontem à tarde, em encontro com prefeitos em Campinas (SP), que a estrutura política do Brasil está "apodrecida" e precisa mudar.
Em discurso improvisado de 30 minutos, para 83 prefeitos de dez partidos --incluindo dois do PSDB e dois do PFL--, Lula voltou a defender a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. "Porque, se depender do Congresso, teremos arremedo, e não reforma política."
Em seguida, Lula questionou duas regras do atual sistema político. "Por que um deputado pode ser candidato a prefeito sem perder o seu mandato e o prefeito perde o mandato se quiser ser deputado? Por que o mandato de senador é de oito anos e não quatro? São algumas coisas que acho que nós temos que pensar", disse.
O presidente voltou a tratar como um fenômeno generalizado a crise política que atingiu seu governo. "A crise política que vivemos não é crise política de agora. É crise política que levou Getúlio [Vargas] à morte, que levou Juscelino [Kubitschek] a ser esculachado como era todo santo dia, que levou João Goulart a cair. A crise não é de um deputado ou de um partido político. É uma crise do sistema político brasileiro. A estrutura está apodrecida e nós temos que mudá-la." Nervosismo
Mais cedo, o presidente esteve em São Paulo, para o seu primeiro comício na cidade. No seu discurso de meia hora, o petista afirmou que irá visitar os Estados de seus adversários para conquistar novos eleitores.
"Quanto mais eles baterem, mais eu vou lá na terra deles em busca de votos. Vou para a Bahia, para Santa Catarina e para o Amazonas", declarou. Os Estados são redutos eleitorais de Antônio Carlos Magalhães (PFL), Jorge Bornhausen (PFL) e Arthur Virgílio (PSDB).
Lula prometeu não citar os nomes dos agressores nesta campanha, mas disse que não levará desaforo para casa.
"Eles estão babando, xingando porque achavam que, três meses depois de eu tomar posse, o Brasil iria acabar. Mas o país não só não acabou como está muito melhor", declarou o presidente, em um discurso recheado de queixas à suposta agressividade de seus "rivais".
"Meus adversários são mais cultos do que eu, estudaram mais do que eu, mas estou certo de que governar não é só com a cabeça, é com o coração também, e nós estamos acertando e é por isso que eles ficam nervosos", afirmou o presidente.
Participaram do palanque de Lula, pela manhã, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy e os candidatos Aloizio Mercadante (governo), Eduardo Suplicy (Senado), além do presidente do PT, Ricardo Berzoini.
À noite, o presidente esteve em Belo Horizonte. Discursou por mais meia hora, ressaltou sua administração e anunciou que seu programa de governo terá o nome de "Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Educação de Qualidade". "Quero pedir aos estudiosos, aos historiadores: peguem de JK até agora, da República até agora, e vejam se houve um governo que se preocupasse tanto em cuidar das pessoas pobres", afirmou.
Em discurso improvisado de 30 minutos, para 83 prefeitos de dez partidos --incluindo dois do PSDB e dois do PFL--, Lula voltou a defender a convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política. "Porque, se depender do Congresso, teremos arremedo, e não reforma política."
Em seguida, Lula questionou duas regras do atual sistema político. "Por que um deputado pode ser candidato a prefeito sem perder o seu mandato e o prefeito perde o mandato se quiser ser deputado? Por que o mandato de senador é de oito anos e não quatro? São algumas coisas que acho que nós temos que pensar", disse.
O presidente voltou a tratar como um fenômeno generalizado a crise política que atingiu seu governo. "A crise política que vivemos não é crise política de agora. É crise política que levou Getúlio [Vargas] à morte, que levou Juscelino [Kubitschek] a ser esculachado como era todo santo dia, que levou João Goulart a cair. A crise não é de um deputado ou de um partido político. É uma crise do sistema político brasileiro. A estrutura está apodrecida e nós temos que mudá-la." Nervosismo
Mais cedo, o presidente esteve em São Paulo, para o seu primeiro comício na cidade. No seu discurso de meia hora, o petista afirmou que irá visitar os Estados de seus adversários para conquistar novos eleitores.
"Quanto mais eles baterem, mais eu vou lá na terra deles em busca de votos. Vou para a Bahia, para Santa Catarina e para o Amazonas", declarou. Os Estados são redutos eleitorais de Antônio Carlos Magalhães (PFL), Jorge Bornhausen (PFL) e Arthur Virgílio (PSDB).
Lula prometeu não citar os nomes dos agressores nesta campanha, mas disse que não levará desaforo para casa.
"Eles estão babando, xingando porque achavam que, três meses depois de eu tomar posse, o Brasil iria acabar. Mas o país não só não acabou como está muito melhor", declarou o presidente, em um discurso recheado de queixas à suposta agressividade de seus "rivais".
"Meus adversários são mais cultos do que eu, estudaram mais do que eu, mas estou certo de que governar não é só com a cabeça, é com o coração também, e nós estamos acertando e é por isso que eles ficam nervosos", afirmou o presidente.
Participaram do palanque de Lula, pela manhã, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy e os candidatos Aloizio Mercadante (governo), Eduardo Suplicy (Senado), além do presidente do PT, Ricardo Berzoini.
À noite, o presidente esteve em Belo Horizonte. Discursou por mais meia hora, ressaltou sua administração e anunciou que seu programa de governo terá o nome de "Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Educação de Qualidade". "Quero pedir aos estudiosos, aos historiadores: peguem de JK até agora, da República até agora, e vejam se houve um governo que se preocupasse tanto em cuidar das pessoas pobres", afirmou.
Fonte:
Olhar Direto
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/284966/visualizar/
Comentários