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Mato-grossense fica no topo do ranking em compras via internet
R$ 385. Essas são as cifras despendidas pelos mato-grossenses por compra via internet. Os e-consumidores estaduais lideram o ranking de gastos “virtuais” no Brasil. O volume gerado no Estado está 28,3% acima da média dos brasileiros, que é de R$ 300.
Se por um lado os mato-grossenses não são nada econômicos, no comércio virtual de maneira geral, o Estado ainda engatinha e representa pouco mais de 1,2% do faturamento do segmento no primeiro semestre. Enquanto o e-commerce gerou neste período R$ 1,75 bilhão, em Mato Grosso foram cerca de R$ 20 milhões que circularam de forma nada virtual. Somente para efeito comparativo, a cidade de São Paulo representa 18% e o Rio de Janeiro 12,3%, das cifras geradas neste segmento.
A distância dos grandes centros consumidores e a escassa oferta de produtos eletroeletrônicos são os responsáveis pelo consumismo mato-grossense, segundo dados da e-bit, empresa de pesquisa e marketing online que avalia o comportamento do e-commerce brasileiro.
O diretor geral da empresa, Pedro Guasti se diz surpreso com os resultados e explica que o Estado tem uma pujança econômica que por si só já o diferencia das outras unidades da federação, mas que por outro lado, esbarra na falta de grandes lojas e marcas que possam fomentar este consumo em potencial. “Por estes aspectos, a compra de produtos eletroeletrônicos supera e muito, a média registrada no resto do país. Em Mato Grosso esses artigos representam 21,8% de tudo que é adquirido via internet, enquanto que no Brasil a média é de 14,3%”.
Na outra ponta do e-commerce, Guasti explica que pelos custos de frete, produtos de menor valor agregado (mais baratos) não despertam tanto o interesse dos mato-grossenses, exceto em algumas ocasiões promocionais. “Às vezes a compra de livros e CDs deixa de ser efetivada porque o internauta percebe que o valor do frete vale 50% do que será pago pelos produtos”, aponta.
Esse comportamento se reflete nos números apurados regularmente pela e-bit. A participação de livros entre os e-consumidores mato-grossenses é de 12,7% contra 18,4% do mercado nacional. Em relação aos CDs, o consumo no Estado soma 10,5% contra 15,9% da média Brasil. “Se por outro lado a distância fomenta o consumo de bens como TVs e câmeras digitais, filmadoras, MP3, DVD Player e notebooks, afugenta a aquisição de produtos mais baratos, onde o valor do frete pesa mais”, completa.
EFEITO DÓLAR - Ele observa que a desvalorização do dólar frente ao real nos últimos meses também tem sido fator determinante para ampliar as cifras movimentadas pelas compras via internet. “O fechamento do primeiro semestre revela crescimento nominal no faturamento de 79%, quando comparado ao mesmo período de 2005. Os seis primeiros meses de 2006 contabilizaram vendas de cerca de R$ 1,75 bilhão, contra R$ 974 milhões de janeiro a junho de 2005.
Esse valor superou a previsão inicial da e-bit para o setor, que era de cerca de R$ 1,50 bilhão. Se o ano continuar assim, devemos superar também a previsão para o fechamento de 2006 que era de R$ 3,9 bilhões e, ultrapassar a casa dos R$ 4 bilhões”. Os dados sobre a evolução do e-commerce em Mato Grosso não estavam disponíveis pela e-bit.
Guasti destaca que esta liderança mato-grossense em volume de gastos, segue de qualquer forma uma tendência em nível de Brasil, alicerçada sobre a pressão do câmbio, principalmente. “A manutenção do dólar na casa dos R$ 2,50, assegura a posição de Mato Grosso e em geral, expande esta forma de consumo para outras faixa de renda de internautas, além da classe “A” e “B””, analisa.
CONSUMISMO VIRTUAL – O servidor público, Antônio Mendes de Oliveira, aponta as compras em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito, são para ele determinantes. “Comprei produtos da ‘linha branca’ em um site muito conhecido. Não tenho freqüência nas compras, mas a tentação é grande”. (Veja quadro ao lado com dicas de segurança)
A auxiliar de enfermagem Tânia Ferreira, descobriu há pouco tempo as facilidades do mundo virtual e tem sido assídua na procura por boas ofertas. “Procuro CDs, acessórios para o computador, produtos de beleza e outros itens mais baratos para comprar quando o frete é grátis. No ano passado comprei uma câmera digital pela internet. O preço e as condições estavam irrecusáveis”, justifica.
Um analista de sistemas, que pediu anonimato, é o autêntico consumista virtual. As compras já são feitas em sites internacionais e pelo menos uma vez por mês ele investe cerca de R$ 200 a R$ 300. “A diferença de preços é de cerca de 20% abaixo do adotado em Cuiabá, mas o que chama a atenção é a variedade”.
A maior parte das compras do analista de sistemas é feita por lazer, são equipamentos eletrônicos para a casa e para o carro.
Ele conta que até de Hong Kong já fez encomenda. “Me mandaram o tocador de MP3 com o fone errado. Reclamei, e em um curto espaço de tempo me mandaram outro fone, sem qualquer custo adicional. Sabendo comprar, não há problemas”, frisa. (Veja mais na página C2)
Se por um lado os mato-grossenses não são nada econômicos, no comércio virtual de maneira geral, o Estado ainda engatinha e representa pouco mais de 1,2% do faturamento do segmento no primeiro semestre. Enquanto o e-commerce gerou neste período R$ 1,75 bilhão, em Mato Grosso foram cerca de R$ 20 milhões que circularam de forma nada virtual. Somente para efeito comparativo, a cidade de São Paulo representa 18% e o Rio de Janeiro 12,3%, das cifras geradas neste segmento.
A distância dos grandes centros consumidores e a escassa oferta de produtos eletroeletrônicos são os responsáveis pelo consumismo mato-grossense, segundo dados da e-bit, empresa de pesquisa e marketing online que avalia o comportamento do e-commerce brasileiro.
O diretor geral da empresa, Pedro Guasti se diz surpreso com os resultados e explica que o Estado tem uma pujança econômica que por si só já o diferencia das outras unidades da federação, mas que por outro lado, esbarra na falta de grandes lojas e marcas que possam fomentar este consumo em potencial. “Por estes aspectos, a compra de produtos eletroeletrônicos supera e muito, a média registrada no resto do país. Em Mato Grosso esses artigos representam 21,8% de tudo que é adquirido via internet, enquanto que no Brasil a média é de 14,3%”.
Na outra ponta do e-commerce, Guasti explica que pelos custos de frete, produtos de menor valor agregado (mais baratos) não despertam tanto o interesse dos mato-grossenses, exceto em algumas ocasiões promocionais. “Às vezes a compra de livros e CDs deixa de ser efetivada porque o internauta percebe que o valor do frete vale 50% do que será pago pelos produtos”, aponta.
Esse comportamento se reflete nos números apurados regularmente pela e-bit. A participação de livros entre os e-consumidores mato-grossenses é de 12,7% contra 18,4% do mercado nacional. Em relação aos CDs, o consumo no Estado soma 10,5% contra 15,9% da média Brasil. “Se por outro lado a distância fomenta o consumo de bens como TVs e câmeras digitais, filmadoras, MP3, DVD Player e notebooks, afugenta a aquisição de produtos mais baratos, onde o valor do frete pesa mais”, completa.
EFEITO DÓLAR - Ele observa que a desvalorização do dólar frente ao real nos últimos meses também tem sido fator determinante para ampliar as cifras movimentadas pelas compras via internet. “O fechamento do primeiro semestre revela crescimento nominal no faturamento de 79%, quando comparado ao mesmo período de 2005. Os seis primeiros meses de 2006 contabilizaram vendas de cerca de R$ 1,75 bilhão, contra R$ 974 milhões de janeiro a junho de 2005.
Esse valor superou a previsão inicial da e-bit para o setor, que era de cerca de R$ 1,50 bilhão. Se o ano continuar assim, devemos superar também a previsão para o fechamento de 2006 que era de R$ 3,9 bilhões e, ultrapassar a casa dos R$ 4 bilhões”. Os dados sobre a evolução do e-commerce em Mato Grosso não estavam disponíveis pela e-bit.
Guasti destaca que esta liderança mato-grossense em volume de gastos, segue de qualquer forma uma tendência em nível de Brasil, alicerçada sobre a pressão do câmbio, principalmente. “A manutenção do dólar na casa dos R$ 2,50, assegura a posição de Mato Grosso e em geral, expande esta forma de consumo para outras faixa de renda de internautas, além da classe “A” e “B””, analisa.
CONSUMISMO VIRTUAL – O servidor público, Antônio Mendes de Oliveira, aponta as compras em até 12 vezes sem juros no cartão de crédito, são para ele determinantes. “Comprei produtos da ‘linha branca’ em um site muito conhecido. Não tenho freqüência nas compras, mas a tentação é grande”. (Veja quadro ao lado com dicas de segurança)
A auxiliar de enfermagem Tânia Ferreira, descobriu há pouco tempo as facilidades do mundo virtual e tem sido assídua na procura por boas ofertas. “Procuro CDs, acessórios para o computador, produtos de beleza e outros itens mais baratos para comprar quando o frete é grátis. No ano passado comprei uma câmera digital pela internet. O preço e as condições estavam irrecusáveis”, justifica.
Um analista de sistemas, que pediu anonimato, é o autêntico consumista virtual. As compras já são feitas em sites internacionais e pelo menos uma vez por mês ele investe cerca de R$ 200 a R$ 300. “A diferença de preços é de cerca de 20% abaixo do adotado em Cuiabá, mas o que chama a atenção é a variedade”.
A maior parte das compras do analista de sistemas é feita por lazer, são equipamentos eletrônicos para a casa e para o carro.
Ele conta que até de Hong Kong já fez encomenda. “Me mandaram o tocador de MP3 com o fone errado. Reclamei, e em um curto espaço de tempo me mandaram outro fone, sem qualquer custo adicional. Sabendo comprar, não há problemas”, frisa. (Veja mais na página C2)
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/284973/visualizar/
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