Candidatos preparam programas eleitorais para a TV

A hora mais esperada pelos políticos se aproxima. Discurso ensaiado, capricho na maquiagem, algum mistério, 'munição estocada', e os principais candidatos ao governo estadual e à Presidência da República já incluíram em suas rotinas as gravações dos programas eleitorais que invadirão o rádio e a TV a partir do dia 15.

No Rio, mesmo sem conhecer o tempo exato a que terão direito ¿ a definição será amanhã, em reunião com a corregedoria do TRE ¿, os postulantes ao governo dizem que falarão apenas de propostas, sem ataques a adversários.

É o mesmo tom desejado em Brasília pela equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no cenário novo em que os recursos são mais escassos devido à lei eleitoral. Lula, porém, terá produção caprichada, ressaltando suas realizações.

Da parte de Geraldo Alckmin (PSDB), a assessoria informou que o programa não vai abrir mão de críticas ao governo petista; e a senadora Heloísa Helena (PSOL) prometeu falar baixo, mas sem abdicar das denúncias. "Vai depender do meu humor no dia da gravação", disse ela, que finaliza programas neste fim de semana.

No Rio, o senador Sérgio Cabral (PMDB) já contou com a gravação de dois ¿coadjuvantes¿ de luxo em seu programa, e o casal formado por Rosinha e Anthony Garotinho deverá aparecer na estréia.

Líder folgado nas pesquisas, Cabral contratou a TV Zero do diretor Roberto Berliner, responsável por documentários como 'A Pessoa É Para O Que Nasce' e clipes de bandas como Paralamas do Sucesso.

"Pela trajetória do candidato, vamos valorizar sua intimidade com o Rio", diz Renato Pereira, coordenador-executivo da TV Zero, prometendo muitas imagens externas no programa.

No extremo oposto estão os candidatos de menor expressão nas pesquisas, com dificuldades de produção. Eliane Cunha (PRP), por exemplo, vai usar imagens antigas para economizar.