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Tribunal mexicano rejeita forma de apuração defendida por Obrador
O Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação mexicana (TEPJF) rejeitou hoje a realização de uma nova apuração total das cédulas das eleições presidenciais de 2 de julho, principal reivindicação do candidato Andrés Manuel López Obrador.
Por unanimidade, os sete magistrados do órgão máximo eleitoral mexicano decidiram que serão apuradas novamente 11.839 das 130.477 mesas eleitorais que funcionaram em 2 de julho.
Do total de 174 "incidentes" que foram alvo de queixas por parte da coalizão liderada por Lopez Obrador perante o tribunal, foram acatados 149, seis deles de forma total e 143 apenas parcialmente.
Segundo a apuração oficial realizada pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE) em 6 de julho, o conservador Felipe Calderón obteve 234.934 votos a mais que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, o que equivale a 0,58 ponto percentual.
López Obrador, à frente da coalizão "Pelo Bem de Todos", denunciou ter sido vítima de fraude, pediu a impugnação do pleito e saiu às ruas para exigir uma apuração total "voto por voto, mesa por mesa", reivindicação que hoje foi negada pela Justiça Eleitoral.
A resolução do TEPJF prevê que serão contabilizados novamente apenas os votos de 11.839 mesas, que representam 9% das 130.477 que estiveram em funcionamento no dia da eleição.
Na sessão deste sábado, que durou duas horas, quatro dos sete magistrados fizeram uso da palavra e todos apoiaram o projeto de sentença elaborado pelo magistrado presidente, Leonel Castillo.
A magistrada Alfonsina Navarro comentou que apoiava a apuração parcial dos sufrágios porque nem todas as mesas tiveram pedidos de impugnação. Ela disse esperar que a apuração parcial fortaleça a democracia mexicana e que dê credibilidade às últimas eleições.
O juíz Mauro Reyes Zapata afirmou que a legislação mexicana é muito clara sobre como se deve fazer uma apuração, e se mostrou a favor de que a recontagem seja feita apenas em algumas mesas.
Em relação à decisão judicial, o representante do conservador Partido Ação Nacional (PAN) no IFE, Germán Martínez, acatou a decisão do tribunal hoje em nome de seu partido.
"Estamos de acordo com o veredicto e com a realização da apuração desses cômputos decidida pela Corte", afirmou Martínez minutos após o anúncio da decisão.
Segundo Martínez, o PAN espera que um novo cômputo parcial, que começará em 9 de agosto e durará cinco dias, "confirme a vitória" do conservador Calderón. "A vitória do nosso candidato será confirmada de forma sólida. Esperamos que as controvérsias eleitorais se resolvam no marco da lei", afirmou.
Martinez preferiu não se pronunciar sobre o risco de ingovernabilidade caso a apuração de votos mantenha a apertada margem de diferença entre Calderón e López Obrador.
Ricardo Monreal e Arturo Núñez, representantes da coalizão de López Obrador, abandonaram a sessão antes da votação final, depois de constatarem que dificilmente a reivindicação de uma nova apuração total seria aceita.
Até o momento nenhum representante da coalizão "Pelo Bem de Todos" fez uma avaliação sobre a decisão do Tribunal Eleitoral mexicano, mas está previsto um pronunciamento para a noite deste domingo.
O TEPJF tem até o próximo dia 31 para tomar uma decisão sobre o total de impugnações apresentadas pelos partidos políticos, e até 6 de setembro para avaliar a validade da eleição e designar o presidente eleito.
Por unanimidade, os sete magistrados do órgão máximo eleitoral mexicano decidiram que serão apuradas novamente 11.839 das 130.477 mesas eleitorais que funcionaram em 2 de julho.
Do total de 174 "incidentes" que foram alvo de queixas por parte da coalizão liderada por Lopez Obrador perante o tribunal, foram acatados 149, seis deles de forma total e 143 apenas parcialmente.
Segundo a apuração oficial realizada pelo Instituto Federal Eleitoral (IFE) em 6 de julho, o conservador Felipe Calderón obteve 234.934 votos a mais que o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, o que equivale a 0,58 ponto percentual.
López Obrador, à frente da coalizão "Pelo Bem de Todos", denunciou ter sido vítima de fraude, pediu a impugnação do pleito e saiu às ruas para exigir uma apuração total "voto por voto, mesa por mesa", reivindicação que hoje foi negada pela Justiça Eleitoral.
A resolução do TEPJF prevê que serão contabilizados novamente apenas os votos de 11.839 mesas, que representam 9% das 130.477 que estiveram em funcionamento no dia da eleição.
Na sessão deste sábado, que durou duas horas, quatro dos sete magistrados fizeram uso da palavra e todos apoiaram o projeto de sentença elaborado pelo magistrado presidente, Leonel Castillo.
A magistrada Alfonsina Navarro comentou que apoiava a apuração parcial dos sufrágios porque nem todas as mesas tiveram pedidos de impugnação. Ela disse esperar que a apuração parcial fortaleça a democracia mexicana e que dê credibilidade às últimas eleições.
O juíz Mauro Reyes Zapata afirmou que a legislação mexicana é muito clara sobre como se deve fazer uma apuração, e se mostrou a favor de que a recontagem seja feita apenas em algumas mesas.
Em relação à decisão judicial, o representante do conservador Partido Ação Nacional (PAN) no IFE, Germán Martínez, acatou a decisão do tribunal hoje em nome de seu partido.
"Estamos de acordo com o veredicto e com a realização da apuração desses cômputos decidida pela Corte", afirmou Martínez minutos após o anúncio da decisão.
Segundo Martínez, o PAN espera que um novo cômputo parcial, que começará em 9 de agosto e durará cinco dias, "confirme a vitória" do conservador Calderón. "A vitória do nosso candidato será confirmada de forma sólida. Esperamos que as controvérsias eleitorais se resolvam no marco da lei", afirmou.
Martinez preferiu não se pronunciar sobre o risco de ingovernabilidade caso a apuração de votos mantenha a apertada margem de diferença entre Calderón e López Obrador.
Ricardo Monreal e Arturo Núñez, representantes da coalizão de López Obrador, abandonaram a sessão antes da votação final, depois de constatarem que dificilmente a reivindicação de uma nova apuração total seria aceita.
Até o momento nenhum representante da coalizão "Pelo Bem de Todos" fez uma avaliação sobre a decisão do Tribunal Eleitoral mexicano, mas está previsto um pronunciamento para a noite deste domingo.
O TEPJF tem até o próximo dia 31 para tomar uma decisão sobre o total de impugnações apresentadas pelos partidos políticos, e até 6 de setembro para avaliar a validade da eleição e designar o presidente eleito.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/285048/visualizar/
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