Desembargador morto reagiu a assalto, diz amigo
O desembargador foi morto com sete tiros, seis deles na nuca, na av. Brasil. Ele estava no banco do carona do Audi do procurador federal e seu amigo, José Domingos Teixeira Neto, que nada sofreu. A arma do desembargador foi roubada.
Ontem, dois supostos traficantes foram presos, suspeitos de terem participado do crime. O principal suspeito já foi identificado pela polícia e está sendo procurado. Ele teria sido reconhecido por um outro motorista de um carro que estava atrás do Audi.
Teixeira Neto contou que ambos voltavam para casa, na Barra da Tijuca, quando um carro os fechou. Dele, saíram três homens armados com pistolas. Dois foram para o lado de Mello Porto e um para o lado dele. Amigos e parentes contaram que o desembargador não teria dúvida em reagir. "Ele sempre dizia: "podem me levar, mas não levam a minha dignidade". Ele morreu com a arma na mão", disse o procurador.
Pela manhã, a polícia prendeu Adílson Gomes de Almeida, 27, o Romarinho, na Favela Vila dos Pinheiros, no complexo da Maré. Ele estava com uma metralhadora, um radiotransmissor e maconha e é suspeito de ser da quadrilha dos assassinos de Mello Porto. À tarde, a polícia prendeu outro traficante, cujo nome não foi divulgado.
O enterro, no cemitério São João Batista, foi acompanhado por pelo menos 200 pessoas, entre elas o ex-presidente da República Fernando Collor de Mello, seu primo.
Mello Porto foi presidente do TRT entre 1992 e 1994, época em que usou seguranças. Em 1999, foi alvo de investigação da CPI do Judiciário por supostas irregularidades em sua gestão.
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