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Internacional
Sábado - 05 de Agosto de 2006 às 09:19

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BEIRUTE - Centenas de pessoas se manifestaram neste sábado no centro de Beirute para protestar contra a chegada à capital do secretário de Estado americano para Assuntos do Oriente Médio, David Welch.

Cercados por efetivos do Exército libanês, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra os Estados Unidos e levavam bandeiras do Líbano e do Hezbollah.

Welch chegou hoje a Beirute e se reuniu com o presidente do Parlamento libanês, o xiita Nabih Berri, considerado o contato mais estreito com o Hezbollah.

Fontes do Governo disseram à EFE que Welch e Berri analisaram a situação no sul do país e as exigências para um cessar-fogo imediato.

Após este encontro, Welch deve se reunir com o primeiro-ministro libanês, o sunita Fouad Siniora, para discutir o mesmo assunto.

A viagem de Welch e a notícia de que a França e os EUA conseguiram resolver parte de suas divergências permitiram o surgimento de uma nova ponta de esperança.

Paris insiste em que a Força Provisória da ONU no Líbano (Finul), que atualmente está no sul do país, deve ser a que supervisionará o cessar-fogo, apoiada pelo Exército libanês, enquanto a Administração americana defende que Israel deve ficar no sul até a chegada do novo contingente de interposição.

Siniora reiterou que o Líbano só aceitará uma força de paz das Nações Unidas apoiada pelo Exército nacional.

Manifestações começaram na sexta Nesta sexta-feira, dezenas de milhares de xiitas encheram as ruas de um distrito de Bagdá, dia sagrado para os muçulmanos, para demonstrar apoio ao Hezbollah, num sinal de que o ódio árabe contra Israel cresceu desde o iniciou do atual conflito no Oriente Médio. Tais protestos chegaram até mesmo à Arábia Saudita, onde o descontentamento público é raro.

Manifestantes também tomaram as ruas de Damasco e Cairo, mas seus números foram diminuídos pela manifestação massiva em Bagdá, organizada pelo clérigo radical antiamericano Muqtada al-Sadr. Segundo o New York Times, mais de 100 mil pessoas participaram do ato.

Milhares de apoiadores de Al-Sadr em todo o Iraque convergiram para o distrito da capital Sadr City, entoando gritos de "Morte a Israel, Morte à América" e mostrando cartazes de apoio ao líder do grupo, Sheik Hassan Nasrallah, na maior manifestação pró-Hezbollah desde o começo dos ataques israelenses contra os guerrilheiros no Líbano, em 12 de julho.

O protesto correu de maneira pacífica - uma conquista memorável em uma cidade em que ataques a bombas e tiroteios mergulharam a capital iraquiana em uma crise de segurança. Sadr City está sob o controle efetivo do Exército de Mahdi, milícia de Sadr, que mantém sua própria rede de segurança.

Pelo menos cinco membros do Parlamento iraquiano do movimento de al-Sadr compareceram à manifestação, mas o próprio jovem clérigo não estava lá, presumivelmente devido a preocupações com a sua segurança. No resto do mundo muçulmano Também em Damasco, cerca de 500 manifestantes do Partido Comunista Sírio organizaram nesta-sexta-feira uma manifestação em frente a um sindicato na capital síria para expressar apoio ao Líbano.

Cerca de 5 mil egípcios, a maioria seguidores do principal grupo de oposição Irmandade Islâmica, se reuniram dentro da mesquita de Al-Azhar, a mais proeminente instituição sunita no mundo árabe. Milhares de outros apoiadores da Irmandade Islâmica marcharam em três outras cidades egípcias.

Em Teerã, capital do Irã, cerca de cem manifestantes atiraram pedras e bombas incendiárias contra a Embaixada Britânica, causando danos ao prédio, mas sem deixar feridos. Os revoltosos acusavam a Inglaterra e os Estados Unidos de serem cúmplices na luta de Israel contra o Líbano.

Eles também quebraram janelas, pedindo o fechamento e a expulsão do embaixador britânico.

Na Tanzânia, milhares de pessoas protestaram no arquipélago de Zanzibar e na capital comercial do país. Os manifestantes, organizados por diversos grupos muçulmanos, marcharam através das ruas de Zanzibar e Dar es Salaam, levando cartazes de apoio aos libaneses, pôsteres do líder do Hezbollah e bandeiras palestinas, libanesas e israelenses.





Fonte: Agência EFE

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