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Internacional
Sábado - 05 de Agosto de 2006 às 04:46

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A filial indiana da Coca-Cola negou hoje que suas bebidas contenham pesticidas, segundo informou em comunicado. "Em mais de 200 países ao redor do mundo nossos produtos atendem aos padrões locais e internacionais para bebidas. Os produtos que vendemos na Índia são produzidos com o mesmo compromisso inflexível com a qualidade e segurança do produto", afirma a nota divulgada pela companhia.

A companhia reagiu três dias depois da divulgação de um relatório da ONG Centro para as Ciências e o Meio Ambiente (CSE, sigla em inglês). A entidade afirmou ter encontrado resíduos de pesticidas em níveis mais altos que os permitidos em mostras de 11 marcas de refrigerantes produzidos na Índia pelas empresas Coca-Cola e Pepsico.

A Coca-Cola garante que "os ingredientes e os produtos finais da Índia são submetidos a análises constantes na CSL, um laboratório de Londres que figura entre os melhores do mundo. As análises mostram que não há ''níveis detectáveis'' de pesticidas".

Segundo o jornal Business Standard, o escândalo por enquanto tem pouco impacto nas vendas de refrigerantes no país. Mas as lojas de pequeno porte já começam a registrar problemas.

"Um levantamento em várias cidades revela que as vendas não diminuíram nos grandes supermercados, mas as pequenas lojas foram afetadas", afirma o jornal.

Segundo a pesquisa, "as lojas de Délhi registraram uma queda marginal das vendas, e em Calcutá, a redução foi de 25%".

Ontem a Corte Suprema determinou que as duas indústrias informem os ingredientes e a composição química de seus produtos. O Ministério da Saúde pediu às autoridades regionais que recolham mostras de diferentes refrigerantes para análise.

No Parlamento, grupos da oposição e da aliança governista pediram a proibição da venda das bebidas, denunciando "um lento envenenamento". Em várias cidades do país houve protestos e manifestações dos consumidores.

Além disso, o Governo regional do estado do Rajastão, no norte da Índia, proibiu ontem a venda e consumo de refrigerantes em todas as instituições educativas, públicas e privadas. A Assembléia Legislativa de Punjab mandou retirar os produtos da cafeteria do prédio.




Fonte: EFE

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