Desembargador assassinado é enterrado no Rio
Mello Porto foi morto a tiros na noite de quinta-feira (3) na avenida Brasil, em uma suposta tentativa de roubo, nas proximidades de uma favela, em Benfica (zona norte do Rio). Ele era primo do ex-presidente Fernando Collor de Mello e do atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio de Mello. Sua carreira foi marcada por polêmicas, denúncias e a defesa do nepotismo.
Devido à morte do desembargador, as atividades da Justiça do Trabalho da cidade do Rio foram suspensas às 12h. Há apenas serviço de plantão para medidas urgentes. No interior do Estado, o serviço segue normal.
De acordo com a Polícia Civil, a tentativa de roubo ocorreu por volta das 19h, no trajeto entre o TRT-RJ e a casa do desembargador. Ele seguia de carona com um amigo no carro dele --um Audi A3-- quando criminosos que estavam a bordo de outros dois carros o cercaram.
Logo depois de parte dos criminoso ter descido dos carros e anunciado o roubo, Mello Porto e o amigo tentaram fugir correndo. Os criminosos, então, atiraram. O desembargador foi atingido e morreu na hora. O amigo dele, que não ficou ferido, pediu que sua identidade fosse preservada.
O caso foi registrado na 17ª DP (São Cristóvão), e deverá ser investigado. Será apurada a hipótese da morte de Mello Porto ter sido encomendada.
No final da manhã desta sexta, a PM (Polícia Militar) prendeu um homem suspeito de envolvimento com a morte do desembargador. Ele foi preso por meio de uma denúncia anônima, no complexo da Maré (zona norte do Rio). Com ele havia uma metralhadora 9 mm, munição, mais de 80 porções de cocaína, um radiotransmissor e um celular.
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