Flavio Briatore acusa a FIA de prejudicar a Renault
Segundo o respeitado dirigente, as últimas decisões da entidade têm a intenção de tornar a disputa pelo campeonato mais interessante e, embora não cite a Ferrari explicitamente, seu recado é mais do óbvio: “Quando uma equipe não vence na pista, necessita, então, da ajuda dos juízes. E uma escuderia, em especial, se aproximou bastante dos juízes nos últimos tempos.”
A Ferrari deixou a associação das montadoras, onde lutava com a Renault por uma nova forma de gerir os recursos da Fórmula 1, além de alinhar-se com a política de mudanças nas regras técnicas e esportivas proposta pelo presidente da FIA, Max Mosley.
A proibição do uso do amortecedor de massa, ocorrido um dia depois do GP da França, 18 de julho, não é obra do acaso. A Renault utiliza o recurso desde o ano passado, e por que só depois que Fernando Alonso, piloto da Renault, abriu importante vantagem sobre Michael Schumacher, da Ferrari, na classificação do Mundial, é que a FIA concluiu que o sistema "não é legal?" É o que questiona o dirigente italiano.
A proibição do uso do amortecedor de massa representou um duro golpe para a Renault, cujo modelo R26 foi concebido para funcionar com esse recurso. “Não podemos adotar altura muito baixa no carro sem o nosso sistema”, explicou o diretor de engenharia do time, Pat Symonds. Assoalho alto significa perda de eficiência aerodinâmica e todas as suas conseqüências, como desgaste prematuro dos pneus, fenômeno verificado nos carros de Fernando Alonso e seu companheiro, Giancarlo Fisichella, no GP da Alemanha, domingo.
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