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Nacional
Sexta - 04 de Agosto de 2006 às 17:07

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Depois de ouvir ontem (3) por mais de sete horas o depoimento de Luiz Antônio Trevisan Vedoim, sócio da Planam, a empresa que liderava o esquema de venda superfaturadas de ambulâncias, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas fez hoje (4) uma acareação de Vedoin com Romildo Medeiros, responsável pela montagem de equipamentos nas ambulâncias, e Marcelo Carvalho, ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB).

“Nunca vi uma acareação que desse certo. A meu ver, não foi frutífera”, disse o relator de sistematização da CPMI, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

O deputado disse que tanto Vedoin quanto Medeiros e Carvalho mantiveram as suas palavras. “A fala de Vedoin tem muito mais consistência que a de Marcelo”, disse. “A versão apresentada pelo Marcelo não tem lógica nenhuma”, acrescentou.

O ex-assessor manteve a versão de que o único dinheiro recebido por ele do outro sócio da Planam, Darci Vedoin, era relacionado à venda de um barco. O depósito teria sido feito na conta de um colega de gabinete de Carvalho, porque sua conta estaria bloqueada pela Justiça em razão de uma dívida.

Carlos Sampaio ainda explicou que o grupo de 90 parlamentares investigados pela CPMI continua separado em três categorias. A primeira é formada pelos parlamentares que têm provas concretas de participação nas fraudes. “Esses têm de ser expulsos, cassados e sair da vida pública”, disse.

Os outros dois grupos são formados por aqueles parlamentares que serão necessárias mais diligências para apurar o possível envolvimento e aqueles que serão inocentados.

“Infelizmente, uma minoria dos parlamentares será inocentada”, disse.

Na próxima quinta-feira (10), a CPMI vai apresentar o primeiro relatório parcial. Depois, os trabalhos passarão para uma segunda fase e se concentrarão no Executivo.





Fonte: Agência Brasil

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