Guedes pede prioridadae para ações de sanidade

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, disse ontem (02/08) que os governos federal e estaduais precisam desenvolver ações mais vigorosas na área de sanidade animal e vegetal. “É indispensável que nos estruturemos nesse setor para oferecer produtos agropecuários de qualidade nos mercados brasileiro e externo”, afirmou Guedes, ao fazer palestra na abertura da reunião do Fórum Nacional de Secretários de Agricultura (FNSA).

Guedes ressaltou que os investimentos em sanidade são essenciais para superar as crescentes barreiras sanitárias no comércio mundial. “Por isso, faço um apelo aos secretários para trabalharmos mais essa questão nos estados.” O Ministério da Agricultura é o responsável pela formulação e coordenação das políticas públicas voltados ao setor. Aos governos estaduais, acrescentou o ministro, cabe executá-las. “Temos que fazer um esforço para atuarmos em harmonia e integrados nessa área.”

Ao justificar a necessidade de intensificar as ações sanitárias, o ministro lembrou que a ocorrência de doenças animais provoca enormes prejuízos à economia brasileira, prejudicando principalmente as exportações. “Os estados que tiveram casos de aftosa sabem bem o quanto isso traz prejuízos. Há perde de renda e de empregos.” Guedes revelou ainda que os países da América do Sul devem desenvolver um programa conjunto para erradicar a febre aftosa.Seguro - Ele também defendeu maiores investimentos públicos no seguro rural. Segundo ele, o Brasil poderia ter maior estabilidade no setor se aplicasse mais no subsídio ao seguro agrícola, como já fazem outros países. O ministro informou ainda que os pacotes de prorrogação de dívidas dos agricultores, anunciados pelo governo neste ano, somam R$ 20 bilhões. “E outros R$ 2 bilhões foram destinados ao apoio à comercialização.”Em sua explanação durante a reunião do FNSA, presidido pelo secretário de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária da Bahia, Pedro Barbosa de Deus, Guedes apresentou o plano de gestão estratégica do Ministério da Agricultura para os próximos 15 anos. O objetivo do plano é promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira.